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CEO da TAP fala em “mal entendido” com Finanças sobre cortes salariais
Luís Rodrigues garantiu que a situação de cortes nos salários vai-se resolver “muito rapidamente” e revelou que o ambiente sócio-laboral foi estabilizado com todos os acordos celebrados.
O presidente executivo da TAP considera que a falta de "luz verde" do Ministério das Finanças para voltar a reverter os cortes salariais "não é um tema", estando confiante que em breve a situação vai estar resolvida.
Em causa estava o pagamento do ordenado dos trabalhadores sem os cortes salariais - levantados em agosto - já a partir deste mês por faltar uma aprovação do gabinete de Fernando Medina. A informação foi comunicada aos trabalhadores numa nota interna, mas causou surpresa junto das Finanças, como noticiou o Expresso.
Luís Rodrigues admitiu que "houve um mal entendido", mas está confiante na resolução do problema. "Interpretámos mal e tenho certeza que a coisa se vai resolver o mais rapidamente possível", disse no congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), no Porto.
Durante a sua intervenção, o gestor revelou ainda que "o ambiente sócio-laboral já foi estabilizado com todos os acordos [de empresa] celebrados".
O primeiro sindicato a anunciar o acordo com a TAP foi o dos pilotos, em junho deste ano. Desde então, todos seguiram o mesmo caminho. O último sindicato a comunicar a assinatura do acordo foi o dos tripulantes (SNPVAC).
Todos os sindicatos têm elogiado a atual gestão liderada por Luís Rodrigues, defendendo que tem tido capacidade dialogante. Aliás, mesmo sem todos os acordos já assinados com os vários sindicatos terem entrado em vigor, em agosto, a nova administração decidiu levantar a maioria dos cortes salariais impostos em 2021 ao abrigo dos acordos temporários de emergência (ATE) - no âmbito do plano de reestruturação - e que tinham sido reduzidos para 20% nos vencimentos superiores a 1.520 euros.