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CEO da British Airways defende o fim das refeições grátis a bordo
O CEO da British Airways, Alex Cruz, defendeu a sua decisão de começar a cobrar as refeições em rotas de curta distância, afirmando que a medida era necessária para competir num ambiente de queda dos preços das viagens.
"Considerando algumas das tarifas no mercado, não pedimos desculpas por nos tornarmos mais eficientes em vários aspectos para que possamos competir de forma consistente e eficiente", disse Alex Cruz. O responsável acrescentou que a BA continua a ser, "e sempre será", uma empresa aérea de elevado perfil.
A unidade da IAG cancelou as refeições gratuitas nos voos europeus em Janeiro, convidando os passageiros a comprarem a bordo lanches e sanduíches da Marks & Spencer Group. Alex Cruz, que veio da unidade de baixo custo Vueling em 2016, também reformulou o programa de fidelidade da BA e está a ser criticado pelo plano de acomodar passageiros na mesma classe de acordo com o valor pago. A operadora está a tentar competir com redes concorrentes como a Air France-KLM e a Deutsche Lufthansa e defender-se de especialistas em voos de baixo custo como a Ryanair.
Indagado no London Aviation Club pelo ex-piloto de Concorde da BA John Hutchinson, que classificou a mudança na política dos alimentos como "desastre completo", Alex Cruz insistiu que a mudança oferece aos clientes mais alternativas e uma qualidade significativamente melhor.
O CEO, que reporta ao chefe da IAG, Willie Walsh, também instituiu um programa de redundância e reestruturou os planos de previdência da BA. Ao mesmo tempo, está a rever o produto de classe executiva Club World e a investir 4,5 mil milhões de dólares em 72 novos aviões que deverão ser entregues nos próximos cinco anos.