Notícia
Aeroporto: Jerónimo de Sousa acusa PS e PSD de adiarem decisão
Líder do PCP diz que acordo entre Costa e Montenegro "colide" com a "ambição [do Presidente da República] de, no final do seu mandato", já se possa "assistir ao desenvolvimento das obras".
25 de Setembro de 2022 às 13:15
O secretário-geral do PCP acusou hoje PS e PSD de estarem novamente a adiar a localização e a construção do novo aeroporto de Lisboa, indo contra a expetativa do Presidente da República sobre o início das obras.
"PS e PSD estão a tentar entender-se para um novo adiamento da construção do novo aeroporto", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, à margem de uma visita a uma exploração agrícola na Lourinhã, no distrito de Lisboa.
Para o comunista, este "adiamento" da decisão sobre a localização da infraestrutura aeroportuária "colide" com a "ambição [do presidente da República] de, no final do seu mandato", já se possa "assistir ao desenvolvimento das obras", disse o secretário-geral, ironizando, "algures ou nenhures".
Para Jerónimo de Sousa, o atual Governo "tinha dificuldade em dizer não" à localização no Campo de Tiro de Alcochete, que chegou a ser a proposta do PS, e apoiada pelo PCP, "tendo em conta os estudos, avaliações científicas e ambientais de que o melhor sítio é Alcochete".
"Era preciso era concretizar o que estava anunciado e sustentado em pareceres científicos, técnicos e ambientais", sublinhou.
Com o adiamento da decisão da localização para 2023, o comunista defendeu que a multinacional Vinci "continua a ganhar dinheiro", havendo "consequências para o desenvolvimento económico não acelerando o processo", quando o país e a TAP estão "numa situação mais difícil".
Na sexta-feira, O PCP considerou que os recentes encontros entre o primeiro-ministro e o presidente social-democrata para decidir sobre a solução aeroportuária para Lisboa são na realidade uma convergência na submissão à multinacional Vinci, a quem foi entregue, em 2013, a concessão das infraestruturas aeroportuárias por 50 anos.
O Presidente da República saudou este sábado à noite a convergência entre Governo e PSD quanto ao método de decisão sobre a nova solução aeroportuária para a região de Lisboa, considerando que "é uma boa notícia".
Em resposta a perguntas dos jornalistas, em San Diego, nos Estados Unidos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que espera terminar o mandato, em março de 2026, "com a alegria de ver não só escolhida uma localização, não só começada a obra do aeroporto, como até porventura já uma solução transitória, se não a definitiva, em marcha".
O primeiro-ministro anunciou no fim da reunião de sexta-feira com o PSD -- em que também participaram o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e o dirigente social-democrata Miguel Pinto Luz -- que houve convergência quanto à metodologia a seguir e que uma futura comissão técnica irá estudar várias localizações para um novo aeroporto, além do Montijo e Alcochete, incluindo Santarém.
Por sua vez, o presidente do PSD considerou que houve por parte do Governo um "acolhimento generalizado" das preocupações do seu partido e que há condições para que, dentro de cerca de um ano, o executivo possa tomar uma decisão final sobre esta matéria.
"PS e PSD estão a tentar entender-se para um novo adiamento da construção do novo aeroporto", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, à margem de uma visita a uma exploração agrícola na Lourinhã, no distrito de Lisboa.
Para Jerónimo de Sousa, o atual Governo "tinha dificuldade em dizer não" à localização no Campo de Tiro de Alcochete, que chegou a ser a proposta do PS, e apoiada pelo PCP, "tendo em conta os estudos, avaliações científicas e ambientais de que o melhor sítio é Alcochete".
"Era preciso era concretizar o que estava anunciado e sustentado em pareceres científicos, técnicos e ambientais", sublinhou.
Com o adiamento da decisão da localização para 2023, o comunista defendeu que a multinacional Vinci "continua a ganhar dinheiro", havendo "consequências para o desenvolvimento económico não acelerando o processo", quando o país e a TAP estão "numa situação mais difícil".
Na sexta-feira, O PCP considerou que os recentes encontros entre o primeiro-ministro e o presidente social-democrata para decidir sobre a solução aeroportuária para Lisboa são na realidade uma convergência na submissão à multinacional Vinci, a quem foi entregue, em 2013, a concessão das infraestruturas aeroportuárias por 50 anos.
O Presidente da República saudou este sábado à noite a convergência entre Governo e PSD quanto ao método de decisão sobre a nova solução aeroportuária para a região de Lisboa, considerando que "é uma boa notícia".
Em resposta a perguntas dos jornalistas, em San Diego, nos Estados Unidos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que espera terminar o mandato, em março de 2026, "com a alegria de ver não só escolhida uma localização, não só começada a obra do aeroporto, como até porventura já uma solução transitória, se não a definitiva, em marcha".
O primeiro-ministro anunciou no fim da reunião de sexta-feira com o PSD -- em que também participaram o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e o dirigente social-democrata Miguel Pinto Luz -- que houve convergência quanto à metodologia a seguir e que uma futura comissão técnica irá estudar várias localizações para um novo aeroporto, além do Montijo e Alcochete, incluindo Santarém.
Por sua vez, o presidente do PSD considerou que houve por parte do Governo um "acolhimento generalizado" das preocupações do seu partido e que há condições para que, dentro de cerca de um ano, o executivo possa tomar uma decisão final sobre esta matéria.