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Aeroporto de Lisboa contou com 151 voos no novo horário noturno

Número ficou abaixo dos 168 voos fixados para o horário noturno temporário no Humberto Delgado, alargado até às 2 horas e antecipado para as 5 horas. Esta semana podem ser operados 86 voos no novo horário.

A rota entre a Europa e a Ásia, em 2021, representou 20,6% do retorno total da carga transportada a nível global.
Miguel Baltazar
26 de Outubro de 2022 às 12:29
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Na primeira semana do alargamento de três horas do horário noturno no aeroporto de Lisboa foram realizados 151 voos durante esse período.


O número ficou abaixo do limite máximo dos 168 voos que podiam ser realizados entre as 00 horas e as 2 horas e as 5 horas e as 6 horas, dos dias 18 a 23 de outubro.


De acordo com a portaria publicada na semana passada em Diário da República, entre os dias 24 e 30 de outubro podem ser realizados 86 voos durante o período de três horas do alargamento do horário noturno.


Até 28 de novembro, durante o novo horário noturno no Humberto Delgado podem ser operados um total de 424 voos que são repartidos durante as seis semanas em que vigora a medida.


Durante a primeira semana "na maioria dos casos" os voos recorreram à pista 20 do aeroporto, a mais afastada das habitações, diz em comunicado a NAV.


O horário entrou em vigor de forma temporária "para assegurar o processo de mudança de sistema de gestão de tráfego aéreo", de acordo com a portaria dos ministérios do Ambiente e das Infraestruturas.


Com o novo sistema TOPSKY a NAV diz, em comunicado, que é possível "reforçar a segurança, "tornar as rotas mais expeditas, gerir os fluxos de tráfego de forma otimizada com mais recursos integrados de sequenciamento do tráfego com mais tecnologia, recuperar atrasos na operação e assim contribuir para poupar combustível e reduzir a pegada de carbono".


Ao Negócios a NAV adiantou ainda que o TOPSKY já foi instalado e já está operacional nos aeroportos do Funchal e do Porto Santo.

A portaria do Governo sublinha que o alargamento do horário não vem "aumentar o número de movimentos aéreos diários já planeados", mas sim "permitir parte da sua redistribuição para o período noturno". Desta forma, lê-se na portaria, as transportadoras que tenham a base operacional no Aeroporto Humberto Delgado podem "realizar os night-stops planeados naquela infraestrutura, os últimos voos diurnos em período noturno e antecipar os primeiros voos do dia, possibilitando a realização de movimentos aéreos fora das faixas horárias previamente atribuídas, por razões que não lhes são diretamente imputáveis, evitando comprometer a operação e o planeamento subsequente de voos para os dias seguintes".


O horário temporário no aeroporto de Lisboa foi contestada pelo PCP, pelo Bloco de Esquerda, pelo PAN e pelo Os Verdes defendendo que põe em risco "a saúde, o bem-estar das populações, onde se incluem as medidas de prevenção do ruído e o controlo da poluição sonora e atmosférica." Por isso, tanto o PAN como os bloquistas submeteram uma proposta de projeto de lei que visa a revogação da portaria do Governo.


Além disso, o PAN viu aprovado pelo Parlamento o requerimento para uma audição do  secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, e ao presidente da Direção da ZERO - Associação Sistema, Francisco Ferreira, para prestarem esclarecimentos sobre o assunto.

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