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PT/Oi cria mega operador luso-brasileiro com sede no Brasil
A fusão entre a PT e a Oi, já muito falada, vai mesmo avançar. O acordo feito com os accionistas principais da Oi e da PT vai criar o maior operador de telecomunicações da lusofonia, cotado em Lisboa, São Paulo e Nova Iorque.
Henrique Granadeiro sempre falou do operador da lusofonia. Agora concretiza essa ambição. Os accionistas da PT ficarão com 38,1% da nova empresa que resultará da fusão PT/Oi. O restante capital estará na mão dos brasileiros.
O brasileiro Mauro da Cunha será o "chairman" da nova empresa. Mas a vice-presidência do conselho será de Henrique Granadeiro. Os accionistas portugueses ainda terão mais quatro administradores: Amílcar Morais Pires e José Maria Ricciardi, pelo BES, e Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, pela Ongoing. Os restantes, para o primeiro mandato de três anos, serão brasileiros. Ongoing e BES assinaram o memorando que deu origem ao anúncio de fusão.
Zeinal Bava fica CEO, ou seja, presidente executivo da PT/Oi.
A fusão vai integrar a PT na Oi, com os activos da PT avaliados em cerca de dois mil milhões de euros. A Oi ainda vai fazer um aumento de capital de oito mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros), estimando-se que esse aumento diminuia a dívida líquida. No conjunto das duas operadoras, a dívida líquida será, no final, de 13,7 mil milhões de euros.
Como a PT é integrada na Oi, a sede social do novo operador é o Brasil, no Rio de Janeiro, sede da Oi. A operadora será cotadas em Lisboa, São Paulo e Nova Iorque.
As empresas garantem que as marcas comerciais das operadoras se mantêm.
A operação deverá estar concluída em 2014, esperando um nível de sinergias de 1,8 mil milhões de euros.