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Governo brasileiro terá reservas na fusão entre a Oi e a Portugal Telecom

Notícia do “Valor Econômico”, que cita fontes anónimas, dá conta que o Governo brasileiro encara com reservas a operação de fusão entre a Oi e a Portugal Telecom. As acções da empresa portuguesa cedem mais de 1% num dia positivo na bolsa.

Bloomberg
Negócios 10 de Outubro de 2013 às 13:42
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O Governo brasileiro mudou o seu sentimento sobre a operação de fusão entre a Oi e a Portugal Telecom. De acordo com o “Valor Econômico”, do sentimento de euforia inicial, o Governo brasileiro encara agora o negócio com “reservas”.

 

Citando um funcionário do Governo, a publicação brasileira dá conta das preocupações do Executivo com o facto de não haver "dinheiro novo" para investimentos no médio prazo. Além disso, salienta os receios com o sucesso do aumento de capital da Oi, entre 7 e 8 mil milhões de reais, que “depende muito da credibilidade da operação no mercado financeiro” e “é considerado duvidoso”.

 

Deste modo, segundo o “Valor Econômico” os accionistas minoritários e os próprios fundos de pensão controlados pelo Estado podem “adoptar uma atitude mais cautelosa e evitar um aumento de capital na Oi”.

 

Já um assessor presidencial na área de telecomunicações disse à mesma fonte que “um dos motes para a fusão pode ter sido simplesmente a transferência de dívidas da holding que controla a Oi para suas subsidiárias, o que gera alívio financeiro aos controladores da operadora brasileira”, o que estará a gerar preocupações no Governo com a capacidade da Oi em efectuar grandes investimentos.

 

O “Valor Econômico” noticia ainda que as autoridades do sector das telecomunicações que estiveram reunidas com Zeinal Bava, consideraram "nada esclarecedora" a explicação dada pelo CEO da Oi sobre a operação. Zeinal Bava esteve no Ministério das Comunicações e na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para apresentar o negócio, sendo que o presidente do regulador brasileiro, João Rezende, não quis adiantar aos deputados qual será a posição da Anatel sobre a operação.

 

O jornal brasileiro cita ainda um estudo da UBS que identifica “riscos” na fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, pois a operação, apesar de simplificar a estrutura accionista, pode não ser favorável para os accionistas minoritários, que estarão a pagar adiantado pelas sinergias prometidas. "Dada a generosa participação atribuída à Portugal Telecom na estrutura final da companhia, não podemos descartar o risco de os minoritários se oporem ao negócio", escreveu a analista Maria Tereza Azevedo numa nota de “research”, citada pelo jornal.

 

As acções da Portugal Telecom seguem em baixa de 1,29% para 3,445 euros, a queda mais acentuada entre as cotadas do PSI-20, numa sessão positiva para os mercados accionistas. 

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