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Vodafone e Hutchison chegam a acordo para fusão no Reino Unido
A fusão das duas operadoras em solo britânico vai dar origem ao maior operador no país. O negócio terá ainda de ser aprovado pela autoridade da concorrência do país, mas as empresas esperam que este esteja concluído antes do final de 2024.
A Vodafone vai deter 51% da nova empresa e a Hutchison, que detém a Three no país, ficará com 49%.
Margherita Della Valle, CEO da Vodafone, classificou a fusão como uma notícia "excelente para os clientes, para o país e para a concorrência". "Até 2023, a fusão vai representar até 5 mil milhões de libras por ano em benefícios económicos, criar empregos e apoiar a transformação digital das empresas britânicas", afirmou a diretora-executiva da operadora em comunicado.
O negócio terá ainda de ser aprovado pela autoridade da concorrência do país, mas as empresas esperam que este esteja concluído antes do final de 2024.
As notícias de uma possível fusão entre as operações da Vodafone e da CK Hutchison no Reino Unido surgiram ainda no ano passado, tendo, em outubro, a Vodafone admitido que estavam a decorrer as conversações.
A decisão de juntar as duas empresas, dando origem a um "gigante", surge numa altura em que as empresas de telecomunicações lutam para conseguir dar continuidade aos investimentos que as novas redes de comunicações - como o 5G - exigem, uma vez que a rentabilização destas ainda é uma dificuldade.
"As duas empresas vão, no total, investir 11 mil milhões de libras no país ao longo de uma década para criar uma das redes de 5G 'standalone' mais avançadas", refere o comunidado. A rede 5G Standalone é apontada como a verdadeira desbloqueadora das reais capacidades da rede.
O negócio não envolverá troca de dinheiro, tendo o acordo passado por um ajuste na responsabilidade pela dívida. Após três anos de concluída a fusão, a Vodafone terá direito a adquirir a totalidade da empresa - a um preço já definido mas não revelado - se esta atingir um valor de 16,5 mil milhões de libras (incluindo dívida).