Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Vodafone: Decisão da Anacom de não impor abertura da rede da Meo é um “Portexit”

O presidente executivo da Vodafone Portugal considera que a decisão da Anacom “vem formalizar um Portexit”. E garante que vai ter em consideração “todos os meios” para defender os consumidores portugueses.

Pedro Elias/Negócios
31 de Março de 2017 às 17:10
  • ...

"Nesta matéria já nada nos surpreende. A Anacom vem formalizar um Portexit. Portexit porque uma parte significativa de Portugal, ao contrário do que defende a União Europeia, está privada do acesso a mais e melhores serviços". Esta foi a reacção de Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal, à decisão final da Anacom em não impor a abertura da rede de fibra da Meo aos concorrentes em zonas consideradas não concorrenciais.

O CEO da operadora alertou ainda que este "Portexit terá, inevitavelmente, uma factura para o país".

Questionado sobre se a Vodafone Portugal vai recorrer da decisão, respondeu apenas que a operadora "lamenta esta decisão do regulador" e terá "em consideração, tal como sempre temos feito, todos os meios ao nosso dispor para defender os consumidores portugueses".

A Vodafone Portugal reagiu assim à notícia sobre a decisão final da Anacom, aprovada no passado dia 23 de Março, em não impor regulação adicional à rede de fibra em zonas remotas e rurais.

A decisão final da Anacom acontece depois de Bruxelas aberto uma investigação ao tema em Agosto do ano passado e ter emitido, no final de 2016, uma recomendação no sentido contrário.

Como a presidente do regulador, Fátima Barros, referiu por diversas vezes, a PT não é a operadora que possui a maior extensão de rede em território nacional, uma posição que é ocupada pela Nos. Além disso, considera que "a PT tem uma oferta comercial" da sua rede permitindo que outros operadores possam aceder à mesma.

Por estas razões, a Anacom sempre argumentou que esta decisão é aquela que melhor defende os interesses do país e dos cidadãos, promovendo a cobertura do território com redes de nova geração (RNG) e combatendo a exclusão digital. Uma posição que o regulador decidiu manter até ao final do processo.

A Meo também já reagiu à decisão do regulador. Paulo neves, CEO da PT, referiu que foi "com satisfação que tomamos conhecimento da decisão da Anacom de não regulação do mercado de fibra óptica. Portugal é um caso de sucesso no que respeita às redes de nova geração e esta decisão, tomada em prol do investimento em infra-estruturas, dos consumidores e do país, vem permitir que cada vez mais portugueses tenham acesso aos melhores serviços de fibra a nível europeu", acrescentou.

Até ao momento, não foi possível obter comentários por parte da Nos.

Ver comentários
Saber mais Meo Anacom Portexit Mário Vaz Vodafone Nos Fátima Barros
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio