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Telefones fixos disparam com pacotes de serviços
No ano passado o número de clientes do serviço telefónico fixo cresceu 2,9% para 3,86 milhões, alcançando a taxa de penetração mais elevada de sempre. Um desempenho impulsionado pela popularidade dos pacotes de serviços.
No final de 2015 existiam 3,86 milhões de clientes de telefone fixo, um aumento de 2,9% face ao ano anterior. Um número que representa uma taxa de penetração de 45,1 acessos por 100 habitantes, mais 0,9 pontos percentuais do que em 2014, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pela Anacom.
Trata-se da taxa de penetração mais elevada desde que o regulador de telecomunicações recolhe informação sobre este serviço. Esta evolução deve-se à popularidade dos pacotes de serviços disponibilizados pelas operadoras de telecomunicações, que requerem a instalação de linha telefónica fixa.
Apesar do número de telefones nos lares portugueses, o tráfego de voz caiu 15% em 2015, para 6.462 milhões de minutos, acima da redução média dos últimos cinco anos, detalha a entidade liderada por Fátima Barros.
Esta quebra é justificada com a diminuição do tráfego fixo-fixo e a substituição do telefone fixo pelo telemóvel na sequência do crescimento dos pacotes que incluem serviços móveis e chamadas gratuitas para todas as redes.
"A isto junta-se ainda o facto de estar a aumentar a penetração de novas formas de comunicação baseadas na internet, através de operadores over-the-top (OTT)", como o Facebook (Messenger), WhatsApp ou Viver.
Como a Anacom já tinha divulgado, no início de 2015 a percentagem de portugueses que realizaram chamadas de voz ou vídeo pela internet através de serviços OTT foi de 37%, valor idêntico à média da União Europeia.
Quanto à quota de mercado, a Meo somou 46,3% do total dos clientes, contra 49,8% em 2014. Segue-se a Nos com 36,6% dos clientes, um aumento face aos 34,9% registados no ano anterior.
Já a Vodafone "foi o operador que mais clientes conquistou em termos líquidos e subiu a sua quota para 12,3%, valor que traduz uma subida de 2,7 pontos em termos homólogos", sublinha a Anacom.
Em termos de quotas de mercado no tráfego de voz, "a Meo quebrou pela primeira vez a barreira dos 50%, já que tinha 47,4% dos minutos de voz, contra 50,5% em 2014". A Nos tinha 33,2%, praticamente inalterada face ao ano anterior, e a Vodafone subiu a quota em 2,8 pontos, para 12,5%.
No que diz respeito às receitas totais do serviço, incluindo os pacotes de serviços, aumentaram 16,7% face a 2014, para 1,838 mil milhões de euros.