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Telecomunicações: Queixas aumentaram 9% em 2016

Os pacotes de serviços representaram a maior taxa de reclamações. Já as queixas sobre alterações contratuais subiram do 10.º para o 6.º lugar dos assuntos com mais reclamações. A venda de serviços lidera o ranking.

Bloomberg
04 de Maio de 2017 às 15:45
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No ano passado a Anacom recebeu cerca de 69,5 mil reclamações, um número que representa um aumento de 9% face a 2015 e a inversão da tendência de redução de queixas que o regulador tinha verificado no ano anterior.

As reclamações relacionadas com os serviços de comunicações electrónicas continuam a liderar o total de reclamações que chegam à Anacom. Em 2016 representaram "83,6% do total recebido e aumentaram 6% face a 2015", detalha a entidade liderada por Fátima Barros numa nota enviada às redacções.

Já a taxa de reclamações, ou seja, o número de reclamações por mil clientes, foi de 4 reclamações por mil clientes, mais 0,3 reclamações do que no ano anterior.

Dentro do dos serviços de comunicações, os assuntos mais reclamados foram: venda do serviço (15,7% do total), cancelamento do serviço (14,4%), equipamentos (10,8%),facturação, (10,5%) e avarias (9,6%).

No entanto, a Anacom destaca o aumento do número de reclamações relacionadas com a alteração das condições contratuais. Ao longo do ano passado, o regulador recebeu 3.104 queixas relacionadas com este assunto, um aumento de 1.708 que levou à subida do 10.º para o 6.º lugar no ranking dos temas mais reclamados.

Analisando os dados por segmentos, o serviço telefónico móvel foi o que juntou mais queixas, sendo que o principal motivo de reclamações esteve relacionado com o equipamento (35,1%).

Os pacotes de serviços foram o segundo serviço mais reclamado, "mas apresentavam a maior taxa de reclamações (4,7 reclamações por mil clientes)", sublinha a entidade liderada por Fátima Barros. Os principais motivos das reclamações sobre pacotes foram a venda do serviço (22,9%), o cancelamento do serviço (22,7%), e as avarias (13,3%).

O serviço de televisão por subscrição ocupa a terceira posição, com "as avarias (30,5%) e a venda do serviço (19,1%) a serem os principais motivos de insatisfação".

Tendo em conta as queixas por operador, a Nowo (ex-Cabovisão) e a Nos "registaram taxas de reclamações superiores à média no período em análise (7,1 e 6,1 reclamações por mil clientes, respectivamente), muito embora tenham visto as suas taxas de reclamações diminuir face ao ano anterior (menos 0,3 reclamações e menos uma reclamação, respectivamente) ", refere a Anacom.

Por outro lado, segundo o regulador, a Vodafone e a MEO apresentam taxas de reclamações sobre serviços em pacote acima da média (6,4 e 4,8 reclamações por mil clientes, respectivamente).

No que toca aos serviços postais, o número de reclamações (13,9% do total) aumentou 26,9% face a 2015, para 9,7 mil reclamações. "Cerca de 44% das reclamações estão associadas a problemas na distribuição de envios postais".

Já as queixas sobre a TDT, pelo contrário, caíram 23,6% para 399.

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