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Segurança no 5G? Governo assume "riscos" e deve seguir Bruxelas

Numa altura em que a chinesa Huawei tem estado debaixo de fogo com acusações de representar uma ameaça à segurança nacional, sobretudo da parte dos Estados Unidos, o Governo português diz que deverá seguir Bruxelas e defende que as medidas não incidam sobre nenhuma empresa em particular.

22 de Maio de 2019 às 16:15
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O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, admite que "há riscos" associados à crescente conetividade permitida pelas redes de telecomunicações, numa altura em que se prepara a transição para o 5G. Para Souto de Miranda, Portugal "deve alinhar-se pelas melhores práticas europeias".

Depois de ter referido o caso Huawei como emblemático no que toca às preocupações com a segurança das novas redes, Souto de Miranda considerou que o direito fundamental à privacidade é "desafiante" tanto nas relações com a China "como já tinha sido desafiante nas relações com os Estados Unidos".

Souto de Miranda avançou que está "atento" ao modelo a surgir na Alemanha. "Estou à espera que me chegue a versão traduzida, e acho que a comissão também vai seguir o exemplo alemão", disse. Para o secretário responsável pelas Comunicações, esta é uma "abordagem virtuosa" pois "em vez de banir uma empresa em si mesma, adotar um regulamento de segurança em que qualquer empresa tem de passar por esse crivo".

 

Esta seria, do ponto de vista de Souto de Miranda, "uma forma inteligente, neutra e isenta de não entrar em guerras comerciais". Esta questão coloca-se numa altura em que o presidente Donald Trump, colocou a Huawei na "lista negra" dos Estados Unidos, na sequência de acusações de que a empresa pode constituir uma ameaça à segurança nacional, tendo em conta possíveis ações de espionagem para o Governo chinês.

A sustentar os receios internacionais em relação à possível espionagem por parte da Huawei, está uma recente lei chinesa que requer às empresas que colaborem com o Governo quando solicitado.

A Huawei tem vindo a negar as acusações e já apelou aos Estados Unidos para "pararem com a infundada repressão", considerando existir uma "forte motivação e manipulação política" nos processos movidos contra a empresa.

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