A CNMV (Comisión Nacional del Mercado de Valores ) está a analisar a subida das acções da Jazztel no dia do anúncio da compra pela Orange. O regulador quer garantir que esse comportamento nada teve a ver com algum tipo de informação privilegiada que foi facultada para encarecer a operação, noticiou o ABC.

Antes da suspensão das acções da Jazztel, o papel da operadora chegou a subir 15% e desde o início do ano registaram um aumento acumulado de 54%.

A Orange explicou que elevou o preço da oferta pública de aquisição a 13 euros por acção, tendo em conta as sinergias que prevê que possa vir a ter a operação, um valor que chega aos 1,3 mil milhões de euros.

Com esta operação, a Orange prevê reduzir a força de trabalho em cerca de 4,7%, o que significa despedir cerca de 400 trabalhadores e integrar as equipas directivas.

A Orange, que em tempos foi parceira da Optimus detida pela Sonaecom, quer chegar a 10 milhões de casas, em 2017, mais três milhões do que o inicialmente previsto.

Este ano, a empresa prevê fechar com 3,2 milhões de casas passadas, subindo para os 5,4 milhões no próximo ano.

Com esta operação, depois da aquisição da Ono pela Vodafone, o mercado espanhol poderá mudar já no próximo ano, nomeadamente no que concerne à luta de preços.

Em seis meses, a indústria de telecomunicações espanhola perde dois operadores que conseguiram agitar o mercado dos preços, como recordou o ABC. Desde 2009 que os preços em Espanha baixaram 49%.