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Receitas da dona da Meo sobem 4,6% para 2 mil milhões de euros até setembro

A Altice Labs continua a impactar os resultados do Altice Portugal devido à redução da venda de equipamentos para outras geografias. Já os indicadores operacionais da Meo, como a base de clientes e a receita média única por utilizador, mantiveram a tendência de crescimento nos primeiros nove meses do ano.

Serviços empresariais deram o maior contributo para as receitas.
Alexandre Azevedo
27 de Novembro de 2024 às 12:19
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A Altice Portugal fechou os primeiros nove meses do ano com receitas  de 2 mil milhões de euros, um aumento de 4,6% face ao mesmo período do ano passado. Contudo, este crescimento não tem em conta a queda das vendas da Altice Labs. 

Tal como aconteceu no primeiro semestre, o quartel de inovação da dona da Meo, sediado em Aveiro, tem sido penalizado pela diminuição de vendas de equipamentos e hardware para outras geografias, informou a dona da Meo em comunicado sem detalhar valores. 

Os resultados da operadora voltaram a ser sustentados pela melhoria de indicadores operacionais como o aumento da base de clientes e a  receita média única por utilizador. Olhando só para os números do terceiro trimestre, os proveitos fixaram-se em 704 milhões de euros, uma subida de 1,7% face a igual período do ano anterior, suportada pelos aumentos de 5,9% no segmento consumo para 361 milhões de euros e de 5,8% nos serviços empresariais para 343 milhões de euros. 

Já as receitas de serviço cresceram  4,9% em resultado da expansão "da base de clientes e do aumento do ARPU [receita média por utilizador] potenciado pelo melhor mix de portefólio através da convergência", justifica a empresa liderada por Ana Figueiredo.

No mesmo comunicado, a operadora detalha que a base total de RGUs - unidades geradoras de receitas -  "continuou a crescer, fixando-se em 14 milhões".

No final do terceiro trimestre, os clientes do segmento consumo aumentaram 0,5% para 1,7 milhões, representando 8 mil adições líquidas. "O total de serviços fixos incrementou 1,7% face ao terceiro trimestre de 2023, totalizando 6 milhões" e o número de subscritores do serviço de televisão paga  cresceu 2,7% para 1,9 milhões.

Já no segmento móvel pós-pago, no final de setembro a Meo  atingiu os 5,3 milhões, um crescimento de 0,6%  "impulsionado pela convergência".

No que toca ao resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), atingiu 258 milhões de euros no terceiro trimestre de 2024, um montante quase igual ao registado no período homólogo. No acumulado dos 9 meses do ano, o EBITDA registou um acréscimo de 4,5% para 763 milhões, excluindo a performance financeira da Altice Labs.

Por fim, o investimento ascendeu a 100 milhões de euros de julho a setembro,  direcionado para a expansão da rede de fibra ótica - que cobre 6,5 milhões de casas - e para o reforço do aumento de cobertura da rede móvel e da implementação do 5G, que segundo a Meo tem  uma taxa de cobertura de 95,8% da população. No 4G, a cobertura da Meo no final de setembro  foi de 99,97%, detalhou a empresa.



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