Notícia
Altice Portugal com receitas de 522 milhões até junho
A evolução positiva em todos os segmentos e o “controlo rigoroso” dos custos operacionais justificam os resultados da dona da Meo do segundo trimestre.
No segundo trimestre deste ano a Altice Portugal alcançou receitas de 522 milhões de euros, um valor que representa uma ligeira subida de 1,1% face ao mesmo período do ano passado. Comparando com o trimestre anterior, o aumento é de 2,5%, sublinha a empresa liderada por Alexandre Fonseca em comunicado.
O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) atingiu os 213 milhões de euros, um valor praticamente idêntico ao registado no período homólogo.
A dona da Meo justifica estes resultados com o "crescimento das receitas, do movimento de estabilização ao nível da margem bruta e comercial", bem como pela "manutenção do controlo rigoroso e disciplina ao nível dos custos operacionais, beneficiando igualmente do efeito do programa de saídas realizado no primeiro trimestre de 2019".
Analisando as contas por segmentos, a operadora destaca que na área de consumo as receitas evoluíram 0,7% face ao trimestre anterior. Um resultado fruto do "crescimento contínuo da base de clientes, alavancada nas novas entradas, mas também no controlo dos desligamentos, o que permitiu um crescimento contínuo nos últimos sete trimestres, traduzindo-se em mais 21,5 mil clientes nos últimos 12 meses", refere.
No que toca à base de clientes móvel pós-pagos, no final de junho atingiu os 3 milhões, o que representa um incremento de 31 mil.
Na televisão paga, a Altice Portugal fechou o segundo trimestre com 1,4 milhões de clientes, o que corresponde a 11,9 mil adições líquidas.
No final de junho a rede de fibra da Meo chegava a 4,7 milhões de casa, estando, assim, quase a atingir a meta estabelecida em 2020 de 5,3 milhões, relembra a empresa no mesmo comunicado.
Por sua vez, no segmento empresarial a Altice destaca o crescimento das receitas em 3,6%, uma tendência registada "pelo quarto trimestre consecutivo" , devido "sobretudo ao forte aumento [das receitas] da Altice Labs", cujos números a operadora não revela.
A Altice Portugal sublinha ainda que as adições líquidas no segmento empresarial atingiram o valor "mais elevado dos últimos quatro anos, alcançando mais 43,1 mil RGUs [número de serviços prestados]".
As receitas do segmento grossista seguiram a mesma tendência, tendo aumento 2,1% em termos homólogos "suportadas pelas maiores receitas de roamers (efeito sazonal) na rede da Meo e pela utilização de infraestruturas por outras operadoras", destaca a operadora. O que acabou por compensar "os impactos negativos da regulação ao nível do descrêssemos nos preços e a redução nas receitas de circuitos e de rede de cobre, dado que outras operadoras portuguesas continuam a substituir linhas de acesso de cobre e circuitos alugados da Altice pela sua própria infraestrutura de fibra", relembra a Altice Portugal.