O supervisor do mercado de capitais entende que estão reunidas as condições para o levantamento da suspensão de negociação das acções da PT SGPS, que estão sem transaccionar desde sexta-feira passada, dia 9 de Janeiro.

Segundo informou fonte da CMVM, essas condições são a suspensão por dez dias da assembleia-geral da PT SGPS para decidir sobre a venda da PT Portugal e o compromisso assumido pela administração da PT SGPS para, ainda esta semana, prestar aos accionistas a informação em falta.

A PT SGPS emitiu ao início da tarde um comunicado onde assegura que "ainda esta semana" divulgará mais informação, na sequência dos contactos em curso com a CMVM. Ainda que entenda que "facultou todos os elementos preparatórios previstos no artigo 289º do Código das Sociedades Comerciais".

Os accionistas aprovaram entretanto, esta segunda-feira à tarde, a suspensão da assembleia-geral até dia 22 de Janeiro. A PT SGPS enviou depois um segundo comunicado onde informa ter enviado à CMVM, na sequência da solicitação do supervisor, "um projecto de comunicado ao mercado contendo informação complementar de suporte adicional à proposta e elementos preparatórios facultados aos senhores accionistas para efeitos da assembleia –geral".

Recorde-se que a CMVM considera que há várias informações que devem ser prestadas aos accionistas: Detalhes do relatório de auditoria da PwC às relações financeiras entre a PT e o BES, a correspondência trocada entre o presidente da mesa da assembleia-geral e a administração da PT SGPS, os pareceres recebidos por esta sobre a venda da PT Portugal e ainda um estudo sobre as vantagens e desvantagens desta última operação.

Foi a falta destas informações que levou a CMVM a ordenar a suspensão das acções da PT SGPS ao final do dia 8 de Janeiro, quando os títulos encerraram a valer 0,717 euros.