Notícia
Portugueses nunca passaram tanto tempo ao telemóvel como durante a pandemia
No primeiro trimestre deste ano, a duração média das chamadas atingiu um novo máximo histórico devido à pandemia.
A pandemia da covid-19 forçou o confinamento de grande parte da população portuguesa que compensou a falta de convívio social com um aumento dos contactos através dos serviços móveis.
Essa alteração nos padrões de consumo está refletida nos dados divulgados esta terça-feira pela Anacom que mostram que os portugueses nunca passaram tanto tempo ao telemóvel como durante a pandemia: nos primeiros três meses deste ano, a duração média das chamadas aumentou 20 segundos para 184 segundos, 3 minutos e 4 segundos, o valor mais alto de sempre.
Da mesma forma, o número de minutos de conversação móvel por mês aumentou 23,1 minutos face ao primeiro trimestre de 2019 para 223 minutos – ou seja, em média, os portugueses passaram cerca de 3 horas e 43 minutos por mês ao telemóvel.
"O tráfego de voz móvel aumentou 11,9% face ao período homólogo, atingindo 7,9 mil milhões de minutos, influenciado pelas medidas excecionais associadas à COVID-19, nomeadamente a declaração do estado de emergência a 18 de março. Por exemplo, nessa semana (16 a 22 de março), o tráfego de voz móvel em minutos aumentou 39% face à semana de 2 a 8 de março", indica a Anacom.
Por tipo de chamada, o elevado crescimento verificado no tráfego de voz em minutos resultou do aumento do tráfego off-net (+16,9%) e on-net (+8,4%). Já o tráfego com destino a redes internacionais, que subia há 14 trimestres consecutivos, diminuiu 0,1%.
Quanto ao tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 41,3% face ao trimestre homólogo, impactado pelos efeitos do estado de emergência.
Segundo a Anacom, o tráfego mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 31,4% face ao primeiro trimestre de 2019, sendo que cada utilizador de BLM consumiu em média 4,3 GB por mês.
Em termos de quotas, a Meo foi o prestador com a quota mais elevada dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (41,5%), seguida da Vodafone (30,1%) e da Nos (25,8%). Face ao período homólogo, a quota da NOS aumentou 0,9 pontos percentuais, enquanto a da MEO e da Vodafone diminuíram um ponto e 0,1 pontos, respetivamente.
No que respeita às quotas de subscritores de acesso à Internet em banda larga móvel, a quota da Meo foi de 37,4%, seguindo-se a Nos com 31,2% e a Vodafone com 29,2%. A Nos tornou-se assim no segundo maior prestador de Internet móvel, com a sua quota a subir 2,6 pontos, num período em que as quotas da Vodafone e da Meo diminuíram 1,6 e 1,5 pontos percentuais, respetivamente.