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Patrick Drahi abre a porta à venda de parte da rede em França
O fundador da Altice não exclui vir a vender uma “fatia” da rede de fibra construída pela operadora SFR no mercado francês, tendo em conta "o bom momento do mercado".
De compradora compulsiva, a Altice parece mesmo ter alterado por completo o perfil passando a vendedora. Depois da venda de operações em alguns mercados, como na República Dominicana, e de alguns negócios considerados não estratégicos, onde estão inseridas as torres de comunicações, o fundador do grupo abriu a porta à venda de uma parte do negócio em França, mais concretamente de parte da rede de fibra óptica,
"Eu adoro as minhas redes de cabo, mas tendo em conta o bom momento do mercado hoje" a alienação de uma fatia destes activos em França "não está excluída", avançou Patrick Drahi, durante a conferência telefónica com analistas no âmbito dos resultados do terceiro trimestre.
O fundador da Altice mostrou-se bastante confiante em relação ao próximo ano, o qual acredita que "vai ser de crescimento". E sustentou com a melhoria dos resultados que registaram no terceiro trimestre no mercado francês e português. Aliás, o novo administrador financeiro da Altice Euroe, Malo Corbin, considerou mesmo Portugal "a estrela do Grupo".
Na base desta afirmação está a melhoria da evolução das receitas totais da Meo, as quais neste último trimestre recuaram 0,3% para 525 milhões de euros. Uma recuperação face à queda de 6,5% registado no primeiro trimestre e de 5,4% no segundo trimestre impulsionada pelo aumento do número de clientes, como destacou o responsável.
As receitas da Altice Europe caíram 5,5% para 3,4 mil milhões de euros. Já a dívida, devido à venda de activos que a empresa implementou, recuou 5,3% para 30 mil milhões de euros.
(Notícia corrigida às 20:10 com a venda de parte da rede de fibra óptica, e não da operação da SFR)