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Palha da Silva: “Ainda não conseguimos apurar a origem” da High Bridge

A Pharol ainda não conseguiu “apurar” a origem da High Bridge. Mas Palha da Silva sublinhou que não olham para novos investidores como “inimigos escondidos atrás de uma árvore”. A saída do BCP já era “antecipada”.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, explica aos jornalistas, depois da assembleia-geral, o que foi aprovado. Questionado sobre eventuais processos contra o BES ou o Novo Banco, Luís Palha da Silva afirmou 'que está tudo em aberto'.
Pedro Elias/Negócios
26 de Maio de 2017 às 15:02
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O presidente da Pharol, Luís Palha da Silva, revelou que ainda não conseguiram "apurar a origem" do mais recente accionista de referência da empresa: a High Bridge Unipessoal, que comprou a fatia de 6,17% vendida pelo BCP.

Quanto a eventuais ligações do empresário brasileiro Nelson Tanure a este fundo, o gestor comentou que não tem "razões para pensar" que possa haver essa relação, nem "para não acreditar". "Não vejo que isso seja mais do que uma especulação. As especulações às vezes acertam, outras erram redondamente. Neste caso não sei", acrescentou, no final da assembleia-geral de accionistas da Pharol que decorreu esta sexta-feira de manhã.

Questionado sobre se tinham pedido mais informações à High Bridge sobre a sua origem, o gestor começou por explicar que a comunicação da entrada do novo accionista cumpriu todas as exigências da CMVM.

"A High Bridge não é nossa conhecida e estamos a tentar conhecer", acrescentou. "Podemos tentar perguntar, falar, etc. Mas do ponto de vista público foi transmitido tudo aquilo que estes novos investidores são obrigados. E devo dizer que novos investidores são sempre pessoas que nós entendemos não como inimigos escondidos atrás de uma árvore, mas sim como alguém que aposta na Pharol e quer ajudar a Pharol", sublinhou.

Já a saída do BCP da estrutura accionista da Pharol parece não ter surpreendido a empresa. Como explicou Palha da Silva, "estar numa empresa cotada pressupõe sempre conhecer os grandes interesses que podem ter os grandes accionistas de referência da empresa". Um passo que foi cumprido pela Pharol.

"Nós fomos ouvindo aqui e ali uma vontade do BCP de ter, também com a Pharol, uma situação esclarecida o mais cedo quanto possível. O BCP sempre nos disse que a sua participação também provinha de um penhor de acções. Portanto, se estamos a pensar se um accionista como o BCP é alguém que investe no sector das telecomunicações no Brasil a longo prazo, admito que, sem nos terem dito, alguns de nós já antecipávamos".

Questionado sobre se o Novo Banco poderia seguir os mesmos passos do BCP e vender a sua participação, Palha da Silva respondeu apenas que não faz "comentários sobre coisas que não aconteceram".

Neste momento, o Novo Banco "mantém-se como accionista de referência altamente empenhado em ajudar a Pharol não apenas no desenvolvimento da Pharol mas também dos seus próprios activos. Estamos satisfeitíssimos com a confiança que o Novo Banco tem manifestado à administração da Pharol", concluiu.

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