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Ongoing reúne-se com franceses da Altice na próxima semana
A Ongoing vai reunir-se na próxima semana com o grupo francês Altice que quer comprar a PT Portugal, detida pela brasileira Oi, disse hoje à Lusa fonte próxima da empresa.
A Ongoing, liderada por Nuno Vasconcellos, é uma das principais accionistas da PT SGPS, detendo através da RS Holding 10,05% do capital da empresa portuguesa, que engloba os accionistas portugueses na Oi.
"A Altice pediu para falar na próxima semana e a Ongoing quer ouvir, para depois poder tomar uma decisão, se existir uma proposta [de compra da PT Portugal] concreta", adiantou a mesma fonte.
Questionada sobre se a Ongoing está disponível para aceitar a compra da PT Portugal pela multinacional francesa, a mesma fonte afirmou que ainda não pode pronunciar-se, uma vez que ainda não recebeu uma proposta concreta.
"[O negócio] pode ser óptimo ou péssimo, depende da solução e de quais as intenções", salvaguardou.
Na quinta-feira, fonte ligada à eventual aquisição da PT Portugal pelo grupo francês Altice adiantou que a multinacional já se encontrou com os accionistas brasileiros e portugueses da Oi, entre os quais o Novo Banco (com 10,06% do capital da PT SGPS), e abordou o eventual preço da PT Portugal.
A PT Portugal passou a ser detida pela Oi, no âmbito da fusão entre a PT e a operadora brasileira.
As reuniões em Portugal decorreram esta semana, com encontros com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e a nova equipa de gestão do Novo Banco.
A mesma fonte adiantou, na quinta-feira, que a Altice está pronta para comprar a PT Portugal, bastando apenas para tal uma chamada telefónica com o "OK" da Oi.
"A Altice está a contactar os principais accionistas, quer brasileiros, quer portugueses", disse a fonte, acrescentando que estes últimos "têm consciência de que não controlam o activo nem o seu destino, são inteligentes e percebem que no final do dia é preferível vender a PT Portugal e que esta é uma questão financeira".
A mesma fonte adiantou ainda que, em caso de compra, a empresa "será portuguesa e gerida por portugueses".
Reconhecendo que este activo "é muito estratégico e emocional", a mesma fonte esclareceu que a Altice pretende entrar pacificamente no mercado português, evitando qualquer tipo de conflito com accionistas, como o Novo Banco e Ongoing.