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Oi regista lucro de 224 milhões de reais no primeiro semestre

A operadora brasileira Oi, que tem a Pharol como accionista, registou lucros de 224 milhões de reais (57,9 milhões de euros) no primeiro semestre do ano, um valor que compra com os 10 milhões de reais (2,5 milhões de euros) alcançados no mesmo período de 2014 e com os prejuízos de 447 milhões reais (115 milhões de euros) registados no primeiro trimestre do ano.

Bayard Gontijo, presidente executivo da Oi
Miguel Baltazar/Negócios
13 de Agosto de 2015 às 12:19
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A Oi fechou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 224 milhões de reais (57,9 milhões de euros), um valor que compara com os 10 milhões de reais (2,5 milhões de euros) registados no mesmo período em 2014, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira, 13 de Agosto.

Tendo em conta só as contas do segundo trimestre deste ano, a Oi também apresentou um resultado positivo de 671 milhões de reais (173 milhões de euros), um valor que compara com os prejuízos de 217 milhões de reias (56 milhões de euros) registados no segundo trimestre de 2014 e com as perdas de 447 milhões de reias (115 milhões de euros) do primeiro trimestre. A venda da PT Portugal, concluída a 2 de Junho, contribuiu para o resultado, tendo representado um encaixe extra no valor de 1.1 mil milhões de reais (285 milhões de euros).

A operadora justifica este resultado com a "estratégia de rigoroso plano de corte de custos e aumento da eficiência operacional da companhia, adotada desde o final do ano passado. Além disso, os custos operacionais (Opex) de rotina das operações brasileiras sofreram uma redução de 10,5% na comparação anual e 3,5% em relação ao primeiro trimestre".

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) situou-se nos 3,9 mil milhões de reais (perto de mil milhões de euros), o que representa uma queda de 3,3% face ao primeiro semestre de 2014.A margem de EBITDA também registou uma queda de 6,1 pontos percentuais para 34,4%.

Até Junho, a receita líquida total da operadora, que tem a Pharol (ex-PT SGPS) como principal accionista com 27,4%, caiu 3% para 13,8 mil milhões de reais (cerca de 3,5 mil milhões de euros). Todas as linhas de receita no Brasil (móvel, residencial e empresarial) registaram a mesma tendência de queda no segundo trimestre.

Já a dívida líquida da operadora brasileira diminuiu 25,1% para 34,5 mil milhões de reais (cerca de 9 mil milhões de euros).

No mesmo comunicado, a empresa liderada por Bayard Gontijo (na foto) destaca que no dia 2 de Junho deste ano a empresa concluiu a venda da PT Portugal à Altice. "Como resultado, o endividamento da Portugal Telecom International Finance (PTIF), que vinha sendo classificado como passivos associados a activos disponíveis para venda foram reclassificados para o endividamento consolidado da Oi S.A".

Recorde-se que a PTIF, passou para a alçada da Oi no seguimento da conclusão da venda da dona do Meo à Altice.

No entanto, a Oi sublinha que esta medida não considera os 3 mil milhões de reais (775 milhões de euros) de dívida que ficaram na PT Portugal para posterior pagamento por eles. "Ao mesmo tempo, como as dívidas da PTIF no montante de aproximadamente 17 mil milhões de reais (4,3 mil milhões de euros) foram reclassificadas, a Companhia recebeu um caixa resultante do desinvestimento aproximadamente no mesmo valor, não afectando, portanto, a dívida líquida da companhia".

No final do segundo trimestre, as dívidas da PTIF contribuíram com 16.263 milhões (4,2 mil milhões de euros) para a dívida bruta consolidada. "Imediatamente após o recebimento dos recursos da venda da PT Portugal, a companhia iniciou um processo de liability management, tendo pré-pago dívidas que totalizaram o montante de 3,2 mil milhões de reais (827 milhões de euros), referente a debêntures detidas pela Oi", adianta a operadora brasileira.

Apesar de considerar que se encontra no "meio de um cenário macroeconómico desafiador" a Oi destaca que "mais uma vez entregou resultados consistentes e em linha com seu compromisso com o mercado".

Além disso, reitera o "guidance" para 2015: alcançar um EBITDA entre 7 a 7,4 milhões de reais e melhorar o Fluxo de Caixa Operacional (FCO) entre 1,2 e 1,8 mil milhões de reais, ambos para as operações brasileiras.

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