Notícia
Oi agrava prejuízos para 655 milhões de euros até Junho
A Oi, que tem a Pharol como maior accionista, teve prejuízos de 2,3 mil milhões de reais (655 milhões de euros), um aumento de 168,6% face ao semestre homólogo. A dívida subiu 19,5% para 41,3 mil milhões de reais.
A Oi registou prejuízos de 2,3 mil milhões reais (655 milhões de euros) no primeiro semestre do ano. Um valor que representa um aumento 168,6% face ao registado pela operadora, que está em recuperação judicial, no mesmo período do ano passado.
De acordo com as contas divulgadas esta quinta-feira, 11 de Agosto, tendo em conta só o segundo trimestre, a Oi registou um resultado negativo de 656 milhões de reais (187 milhões de euros), um valor que representa um agravamento de 60% face ao mesmo período de 2015.
A Oi justifica esta evolução com a diminuição dos resultados operacionais, bem como com "o aumento das despesas com imposto de renda e contribuição social, explicado principalmente pela redução do IR/CS diferido (sem efeito caixa) sobre a variação cambial das operações financeiras". Ou seja, como resultado da desvalorização do dólar e do euro no final do trimestre.
A operadora sublinha ainda que a comparação do lucro consolidado está impactada pelo resultado das operações descontinuadas relativas à PT Portugal no segundo trimestre de 2015. A dona da Meo passou para as mãos da Altice a 2 de Junho desse ano.
O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) recuou 18,1% para 3,2 mil milhões de reais (cerca de 900 milhões de euros), com a margem EBITDA também a encolher 4,2 pontos percentuais para 24,1%.
As receitas totais caíram 3,9% para 13,2 mil milhões de reais (3,7 mil milhões de euros). A operadora, que tem a Pharol como maior accionista, explica que as receitas no Brasil caíram 3,5% devido "à deterioração macroeconómica", que teve especial impacto no segmento móvel na modalidade pré-paga.
Já a dívida líquida no final de Junho situou-se em 41,3 mil milhões de reais (11,7 mil milhões euros), um aumento de 19,5% face ao mesmo período do ano anterior.
A Oi explica que no segundo trimestre houve uma redução do montante em caixa devido às amortizações de dívidas e pagamento de juros, bem como do pagamento da última parcela da licença 3G. Além disso, o valor das rescisões dos trabalhadores e o pagamento de depósitos judiciais também icontribuíram para aumentar a dívida da operadora.
O investimento (Capex) aumentou 19,7% para 2,5 mil milhões de reais (cerca de 700 milhões de euros). A Oi explica que no último trimestre os investimentos forma concentrados " na modernização e ampliação da capacidade da rede", nomeadamente nas infra-estruturas ma rede móvel.
(Notícia actualizada às 13:00 com mais informação)