Notícia
Nos pagou mais 311 mil euros à administração em 2019
A operadora liderada por Miguel Almeida remunerou em 4,40 milhões o seu conselho de administração no ano passado, contra 4,09 milhões em 2018.
Os administradores da Nos auferiram um total de 4.404.841 euros em 2019, um aumento de 311.541 euros (7,59%) face aos 4.093.300 euros recebidos em 2018.
O CEO, Miguel Almeida, "levou para casa" um valor bruto de 942.943 euros, por conta da remuneração fixa (617.080 euros, contra 575.000 no ano precedente) e da participação de resultados (325.863, contra 316.800 um ano antes), quando em 2018 tinha auferido 891.800 euros.
Só os administradores executivos, sublinhe-se, é que recebem a título da componente ‘participação de resultados’.
A juntar a estes valores há também o número de ações que são atribuídas aos membros executivos, no âmbito do plano de ações da empresa – que no caso de 2019 fazem parte do plano 2020-2023, com um período de empossamento das ações de três anos, condicionado ao desempenho futuro positivo da empresa.
Em 2019, o total de ações distribuídas por Miguel Almeida, José Pereira da Costa, Ana Pina Marques, Jorge Graça, Luís Nascimento e Manuel Ramalho Eanes foi de 314.700 (contra 253.302 em 2018), refere o relatório e contas da operadora.
Dividendo à espera da AG
Recorde-se que a proposta de remuneração acionista apresentada em fevereiro pelo "board" da Nos é de 27,8 cêntimos por ação.
A ser aprovada, em assembleia geral de accionistas, constituirá um corte de 21% face aos 35 cêntimos que foram pagos no ano passado. A política mais conservadora nesta remuneração deve-se à imprevisibilidade do 5G. E, ainda assim, a empresa vai entregar todos os lucros aos acionistas.
Se este dividendo for aprovado, será o mais baixo desde 2017 (20 cêntimos) e traduz a primeira redução desde 2012 (ano em que o dividendo desceu de 16 para 12 cêntimos).
A reunião magna da operadora não tem ainda data marcada.
No relatório do governo da sociedade divulgado esta noite na CMVM, a Nos diz entender "que, dada a relevância e premência da assembleia geral de acionistas, a participação na mesma via meios telemáticos pode colocar em causa a integridade da informação e comporta riscos de disseminação de informação que a sociedade, por respeito aos próprios acionistas, não pretende colocar em causa".
"A sociedade mais nota que a razão de ser desta recomendação (isto é, possibilitar plenamente o exercício do direito de voto dos acionistas) encontra-se assegurada por outros mecanismos, como é o caso do voto por correspondência, e por via eletrónica, sendo a informação sobre tais possibilidades prontamente enviada aos acionistas e disponibilizada ao público em geral através da publicação de convocatória e de outros documentos (incluindo o boletim de voto e formulários) no sítio da internet da sociedade", refere.