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Nos aumenta lucros em 3% para 33,8 milhões de euros
A Nos aumentou os lucros no primeiro trimestre do ano em 3%, atingindo os 33,8 milhões de euros, acima das estimativas dos analistas.
A Nos teve lucros de 33,8 milhões de euros no primeiro trimestre, uma subida de 3%, acima das estimativas dos analistas que esperavam resultados de cerca de 30 milhões, de acordo com a média das estimativas de oito casas de investimento: Barclays, Berenberg, CaixaBI, Citigroup, Deutsche Bank, JB Capital Markets, Santander e CaixaBank/BPI.
O EBITDA cresceu igualmente 3% para 146,7 milhões de euros, com a melhoria da margem para 38,3%. Isto depois das receitas terem crescido 0,7%, tendo o crescimento dos proveitos só das telecomunicações subido no primeiro trimestre deste ano 0,9%.
O que compensou a queda nos audiovisuais e exibição cinematográfica de 9%.
Os custos tiveram, por seu turno, uma queda de 0,7%, o que permitiu a melhoria do EBITDA em 3%, tendo o EBITDA das telecomunicações crescido 4,4% para 135,7 milhões de euros.
Os resultados operacionais aumentaram 33,3% para 51,8%, o que tendo em conta que os custos financeiros caíram face ao primeiro trimestre de 2017, resultou num aumento dos lucros.
Os custos financeiros ficaram nos 6,2 milhões, marginalmente menores que há um ano, devido "a menores custos com juros, impulsionados pela melhoria contínua do custo médio da dívida", explica a empresa em comunicado. A dívida financeira líquida ficou nos 1.050,4 milhões de euros no final de Março.
Isto apesar da desvalorização da moeda angolana de quase 30% em Janeiro de 2018 ter penalizado a participação em resultados de empresas associadas. A Nos tem 30% da operadora angolana Zap.
A nível de investimentos o primeiro trimestre teve uma subida do capex (investimento operacional) de 5% em termos homólogos para 80,8 milhões de euros nas telecomunicações, para o desenvolvimento da rede fixa e móvel. Ainda assim, a empresa diz que "a implementação da rede de fibra óptica no primeiro trimestre de 2018 foi relativamente pequena, estando previsto que comece a ter um impacto mais visível apenas no segundo semestre".
Em termos operacionais, as casas cabladas com a rede da Nos superou as 4,1 milhões, tendo a empresa conseguido um total de 9,45 milhões de RGU ("revenue generating unit", que é cada serviço colocado nos clientes), um aumento de 3,3% face ao primeiro trimestre de 2017.
A receita média por cliente no segmento residencial situa-se nos 44,3 euros, ligeiramente mais baixo que no primeiro trimestre de 2017 o que a empresa explica "pelo facto de não ter sido implementado um aumento de preços de forma transversal em 2018, levando a uma comparação mais desafiante face ao período homólogo".
(Notícia actualizada às 17:30 com mais informações)