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Telefónica inicia negociações exclusivas com a Hutchinson Whampoa para a venda da O2
Li Ka-shing, dono do conglomerado de Hong Kong Hutchinson Whampoa, está em conversações com a Telefonica para a compra da filial britânica da empresa espanhola por um valor indicativo em torno dos 13,5 mil milhões de euros.
A Telefónica confirmou esta sexta-feira, 23 de janeiro, ao regulador do mercado espanhol (Comissão Nacional do Mercado de Valores), em comunicado, que iniciou negociações exclusivas com a companhia de Hong Kong Hutchinson Whampoa, liderada pelo multimilionário Li Ka-shing, para a venda da sual filial britânica O2.
O "preço indicativo" desta operação está em torno dos 10,25 mil milhões de libras (cerca de 13,5 mil milhões de euros). O processo durará "várias semanas", indicou a companhia espanhola ao regulador.
Após a tentativa de vender a sua operadora móvel ao grupo British Telecom (BT) no passado mês de Dezembro, a Telefónica encontrou outro comprador. Outras companhias de telecomunicações, como a Skym, mostraram interesse pela filial do grupo presidido por César Alierta nas últimas semanas.
Com esta transacção a companhia sediada no Hong Kong vai unir a sua filial Three com a subsidiária de Alierta, adiantou esta quinta-feira o jornal britânico Financial Times. A união da O2, a segunda operadora móvel do Reino Unido com cerca de 22 milhões de clientes, com a Threee irá gerar a maior empresa de rede móvel daquele país com uma quota de mercados de 41%, acima da EE (Everything Everywhere). Actualmente, a EE detém 32% do total do mercado de rede móvel do Reino Unido e está em processo de fusão com a BT, que por sua vez é lider no mercado da rede fixa.
Li Ka-shing, que possui cidadania de Hong Kong e também canadiana, é dono do conglomerado Hutchinson Whampoa, sediado na região administrativa chinesa.
Com a confirmação das negociações entre ambas as companhias, a Telefónica registou uma subida de quase 3% na bolsa de Madrid, colocando as acções da companhia a 13,3 euros.
As acções da Hutchinson Whampoa valorizaram 4% na bolsa de Hong Kong logo depois de a proibição da negociação dos títulos do conglomerado ter sido levantada pelo regulador local.
(Notícia actualizada às 11h11 com a confirmação da Telefónica ao regulador do mercado espanhol)