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Moody’s baixa "rating" da Oi para terceiro nível de "lixo"
A elevada alavancagem financeira justifica o corte de "rating" da brasileira Oi para Ba3, que corresponde ao terceiro nível de lixo. A Portugal Telecom International Finance ficou com uma classificação inferior.
A Moody’s reviu em baixa o "rating" da dívida da Oi para Ba3, devido ao "persistente aumento da alavancagem financeira" e consumo de liquidez da companhia.
O corte para Ba3 colocou a classificação da dívida da empresa brasileira no terceiro nível de "lixo". O "outlook" continua a ser negativo. A agência de notação financeira desceu também várias emissões de dívida não garantida para um nível inferior (B1), tendo aplicado o mesmo corte à dívida sem garantia da Portugal Telecom International Finance. Esta era a companhia responsável pela emissão de dívida da PT, antes da fusão da companhia portuguesa com a Oi.
"A Moody's acredita que esses títulos de dívida são equivalentes à dívida sem garantia da empresa controladora", refere a agência, assinalando que a companhia de telecomunicações brasileira "tem um endividamento significativo em empresas subsidiárias que têm prioridade na maioria do fluxo de caixa operacional".
O corte no "rating" da Oi é justificado pela Moody’s com o "persistente crescimento da alavancagem e consumo de caixa da companhia, reduzindo a flexibilidade financeira e levando a métricas de crédito que não são mais compatíveis com um rating Ba1", refere a nota original da agência, publicada em brasileiro.
"A Moody's acredita que, apesar dos cortes de custos e esforços de eficiência da companhia, os negócios da Oi enfrentarão deterioração adicional de margem derivada de uma mudança desfavorável na combinação de produtos em direcção à TV paga e banda larga e pressão de preço inerente ao seu segmento de valor no mercado-alvo", acrescenta.
Em relação à venda de activos da Portugal Telecom, a Moody’s afirma que reforçou a posição de liquidez da empresa, mas "ao mesmo tempo aumentou a dívida total em circulação e o peso dos juros".