Notícia
Meo refuta "todas as acusações que lhe são dirigidas" sobre cartel na publicidade
A Meo refuta as acusações da Autoridade da Concorrência da prática de cartel para limitar a concorrência em publicidade no Google, e critica a forma como estes processos vêm a público.
18 de Julho de 2020 às 14:51
A Meo refutou este sábado "todas as acusações que lhe são dirigidas" no âmbito de um processo da Autoridade da Concorrência que acusa a operadora, juntamente com a Nos, Nowo e Vodafone, de limitar a concorrência em publicidade no Google.
"A Meo confirma que foi ontem notificada desta nota de ilicitude da Autoridade da Concorrência (AdC). Convicta da sua inocência, no cumprimento da lei, a Meo irá dar resposta à notificação, refutando todas as acusações que lhe são dirigidas", pode ler-se na resposta enviada à Lusa pela Altice Portugal/Meo.
A Meo repudiou ainda "veementemente a forma como estes processos vêm a público causando danos à imagem e bom nome das empresas. Neste caso concreto em menos de 12 horas após notificação, já a imprensa o noticia, estando em linha com a necessidade de mediatismo verificada ao longo desta semana por parte desta Autoridade".
A operadora de telecomunicações revelou que irá acionar "todos os mecanismos de defesa" que lhe são conferidos pela ordem jurídica, e irá "até à última instância e últimas consequências no esclarecimento de toda a verdade".
"Por coerência deveria esta autoridade [da Concorrência] tornar público, com a mesma celeridade mediática que a caracteriza, do arquivamento por falta de fundamento neste mesmo inquérito que também visava a Altice Portugal, facto este que estamos convictos que acontecerá uma vez mais em relação à Meo no presente processo. Isto sim demonstraria coerência na comunicação pública", criticou ainda a operadora.
A Autoridade da Concorrência acusou este sábado a Meo, Nos, Nowo e Vodafone de terem celebrado um cartel para limitar a concorrência em publicidade no motor de busca Google, prejudicando os consumidores. Em consequência do acordado, segundo a AdC, quando os utilizadores fazem pesquisas no Google sobre serviços de telecomunicações contendo o nome de um dos operadores, nos resultados de maior visibilidade nesse motor de busca, não encontram as propostas para o mesmo serviço dos restantes operadores concorrentes, o que dificulta a comparação das ofertas.
A investigação da AdC revela que o cartel terá tido início em 2010, "não havendo prova de que tenha cessado".
O processo foi aberto pela AdC em janeiro de 2019 e teve origem numa denúncia efetuada no âmbito do Programa de Clemência.
"Na prática, o cartel processa-se pela abstenção de comunicação de três operadores concorrentes com os consumidores através dos resultados de maior visibilidade e destaque no Google, privando o consumidor do acesso fácil a propostas alternativas", refere a Concorrência em comunicado.
A AdC sinaliza que, em condições normais de concorrência, "qualquer operador pretenderia que a sua proposta surgisse sempre que um consumidor fizesse uma pesquisa sobre serviços de telecomunicações.
Este é o segundo processo aberto por cartel nas telecomunicações, "um mercado em situação de pouca dinâmica concorrencial há vários anos", como referiu recentemente a presidente do Conselho de Administração da AdC, na Assembleia da República.
"A Meo confirma que foi ontem notificada desta nota de ilicitude da Autoridade da Concorrência (AdC). Convicta da sua inocência, no cumprimento da lei, a Meo irá dar resposta à notificação, refutando todas as acusações que lhe são dirigidas", pode ler-se na resposta enviada à Lusa pela Altice Portugal/Meo.
A operadora de telecomunicações revelou que irá acionar "todos os mecanismos de defesa" que lhe são conferidos pela ordem jurídica, e irá "até à última instância e últimas consequências no esclarecimento de toda a verdade".
"Por coerência deveria esta autoridade [da Concorrência] tornar público, com a mesma celeridade mediática que a caracteriza, do arquivamento por falta de fundamento neste mesmo inquérito que também visava a Altice Portugal, facto este que estamos convictos que acontecerá uma vez mais em relação à Meo no presente processo. Isto sim demonstraria coerência na comunicação pública", criticou ainda a operadora.
A Autoridade da Concorrência acusou este sábado a Meo, Nos, Nowo e Vodafone de terem celebrado um cartel para limitar a concorrência em publicidade no motor de busca Google, prejudicando os consumidores. Em consequência do acordado, segundo a AdC, quando os utilizadores fazem pesquisas no Google sobre serviços de telecomunicações contendo o nome de um dos operadores, nos resultados de maior visibilidade nesse motor de busca, não encontram as propostas para o mesmo serviço dos restantes operadores concorrentes, o que dificulta a comparação das ofertas.
A investigação da AdC revela que o cartel terá tido início em 2010, "não havendo prova de que tenha cessado".
O processo foi aberto pela AdC em janeiro de 2019 e teve origem numa denúncia efetuada no âmbito do Programa de Clemência.
"Na prática, o cartel processa-se pela abstenção de comunicação de três operadores concorrentes com os consumidores através dos resultados de maior visibilidade e destaque no Google, privando o consumidor do acesso fácil a propostas alternativas", refere a Concorrência em comunicado.
A AdC sinaliza que, em condições normais de concorrência, "qualquer operador pretenderia que a sua proposta surgisse sempre que um consumidor fizesse uma pesquisa sobre serviços de telecomunicações.
Este é o segundo processo aberto por cartel nas telecomunicações, "um mercado em situação de pouca dinâmica concorrencial há vários anos", como referiu recentemente a presidente do Conselho de Administração da AdC, na Assembleia da República.