O número de acessos à internet em banda larga fixa cresceu 7,4% no ano passado para um total de 3,38 milhões. O crescimento foi feito maioritariamente à boleia da popularidade dos pacotes de serviços. Aliás, cerca de 99,8% dos clientes de internet fixa tinham adquirido o serviço no âmbito de uma oferta convergente, de acordo com os dados divulgados pela Anacom esta quinta-feira, 6 de Abril.

A banda larga móvel cresceu a um ritmo superior, tendo fechado o ano com 6,5 milhões de clientes, um número que representa um aumento de 17,3% face a 2015 e que se situa acima da média dos últimos quatro anos (16,9%).

Esta evolução deveu-se essencialmente ao aumento do número de utilizadores de internet através dos smartphones. "Embora o número de utilizadores através de tablet/PC tenha diminuído, o crescimento de utilizadores de smartphones e de internet no telemóvel mais do que compensou essa queda", detalha a entidade liderada por Fátima Barros.

Este aumento também contribuiu para a subida do tráfego médio mensal por acesso de banda larga de 31,6% no caso da banda larga móvel e de 13,8% na banda larga fixa, para 1,64 GB e 61,3 gigabits, respectivamente. "Trata-se, em ambos os casos, dos valores mais altos registados até à data", segundo a Anacom.

Analisando as quotas de mercado por operador, a Meo lidera nos dois segmentos (fixo e móvel). No entanto, perdeu terreno face às rivais Nos e Vodafone.

No caso da banda larga fixa, a Meo fechou o ano com uma quota de 40,9%, uma queda face aos 44% registados no período homólogo. Segue-se a Nos, com 37,4%, um aumento tendo em conta a quota de 36,4% registada em 2015, e a Vodafone com 17,3%. Esta última operadora, foi a que registou o maior aumento em 2015 com uma subida de 2,5 pontos percentuais, destaca a Anacom.

O Grupo Apax, que detém a Nowo e a Oni, encerra o top com uma quota de 4,2%, que compara com 4,4% registado em 2015.

Quanto à internet móvel, a liderança também pertence à Meo com uma quota de clientes de 39,4%, um valor que também representa uma descida comparando com a ‘fatia’ de 43,9% em 2015.

Neste segmento a Nos também subiu a quota de 28,4% para 30,9% e a Vodafone de 27,4% para 28,9%. O Grupo Apax fechou 2016 com uma quota de 0,6%.

O total de receitas provenientes do serviço de acesso à internet, incluindo através dos pacotes, "totalizou 1,69 mil milhões de euros em 2016, mais 12% que no ano anterior, resultado do acréscimo das receitas de 3P, 4P e 5P", que representavam 89,8% do total dos proveitos.

As receitas do serviço de acesso à banda larga móvel alcançou 347 milhões de euros, um aumento de 13,4%.