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Lucros da Nos aumentam 16% em 2018

Os lucros e as receitas da operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida registaram um crescimento no ano passado, face aos números de 2017.

# Porque Desce - Miguel Almeida tem uma descida ligeira na lista deste ano, motivada pela subida ao poder de outros protagonistas. De qualquer forma, o que este ano se passou no futebol, desporto ao qual a Nos tem forte associação, não deixou que o ano fosse coroado de sucessos, ainda mais com a entrada de um novo concorrente a disputar direitos televisivos. Ainda assim, a Nos viu ser abortado o negócio a que se opôs de compra da Media Capital pela Altice. Uma vitória relevante.
Miguel Baltazar
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A Nos reportou um resultado líquido consolidado de 141,4 milhões de euros em 2018, o que correspondeu a um aumento de 15,8% face ao ano precedente – e ficando assim ligeiramente acima das expectativas do mercado, já que os analistas apontavam para um crescimento de 15% dos lucros da operadora de telecomunicações.

 

As receitas consolidadas, por sua vez, registaram uma subida de 1,1% no mesmo período, de 1.558,6 para 1.576,2 milhões de euros, refere a empresa em comunicado à CMVM.

 

A justificar este desempenho esteve o aumento de 2,1% do número de serviços prestados, para 9,605 milhões, com adições líquidas de 193 mil face ao final de 2017, sublinha a Nos no relatório e contas divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

 

"Este crescimento traduziu-se em ganhos de quota de mercado em receitas, que, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela entidade reguladora, atingiu os 32,8% no final do primeiro semestre de 2018", destaca a operadora.

 

"Em 2018, a Nos continuou o seu percurso de crescimento, aumentando o número de clientes, num mercado que atingiu a sua maturidade, crescendo as suas receitas, apesar da continuada queda dos preços e melhorando os seus resultados, fruto do processo de digitalização das suas operações que leva a melhorias de eficiência. Foi o quarto ano consecutivo a crescermos em todos os indicadores, o que se traduz numa significativa conquista de quota de mercado", aponta Miguel Almeida.

 

No seu relatório, a empresa sublinha ainda que o crescimento do número de serviços impulsionou em 1,5% as receitas na área de telecomunicações, que ascenderam a 1.506 milhões de euros. Já a faturação da área de audiovisuais e cinema registou uma quebra de 7,5% face ao exercício anterior, para 111,5 milhões de euros.

 

No período em análise, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 2,8% para 591,8 milhões de euros, com a margem EBITDA a melhorar 0,6 pontos percentuais para 37,5%.

 

Por seu lado, o iInvestimento (CAPEX total) manteve-se ao nível do ano anterior, atingindo 375,7 milhões de euros.

 

Nos destaques operacionais, além do aumento do número de serviços, a Nos sublinha o número de subscritores móveis, que atingiu 4,779 milhões, com adições líquidas de 106 mil novos clientes face ao período homólogo. Os clientes de televisão por subscrição aumentaram para 1,623 milhões.

 

Quanto aos serviços de banda larga fixa e telefone fixo, continuou a registar-se uma evolução positiva, com crescimentos de 4,2% e 1,3% para 1,390 milhões e 1,781 milhões respetivamente.

 

No que diz respeito aos serviços empresariais, "a Nos continua a conquistar clientes muito importantes no segmento corporate, quer no setor público quer no setor privado. O número de serviços empresariais atingiu 1,507 milhões, face aos 1,459 verificados no final de 2017", refere a empresa.

 

A Nos destaca ainda que reforçou a cobertura da sua rede fixa de nova geração, aumentando o número de casas passadas em cerca de 327,2 mil face ao período homólogo de 2017. O número de lares com cobertura ascendia no final de 2018 a um total de 4,408 milhões face aos 4,081 milhões do ano precedente.

 

Nos negócios de cinema e audiovisuais, o número de bilhetes vendidos em Portugal situou-se em 8,889 milhões, um decréscimo de 5,9% face a 2017.

Dividendo aumenta para 35 cêntimos. Dívida desce 

Após um ano em que os lucros aumentaram 15,8% para 141,4 milhões de euros, a Nos decidiu aumentar a remuneração aos acionistas na mesma dimensão.

O conselho de administração liderado por Miguel Almeida propõe o pagamento de um dividendo de 35 cêntimos por ação, o que representa uma subida de 16,7% face à remuneração do ano passado.


Em comunicado, a Nos sublinha que esta proposta tem em conta "a nossa sólida estrutura financeira no final de 2018, com um rácio de Dívida Financeira Líquida / EBITDA de 1,8x, a forte geração de FCF superior a 180 milhões de euros e a continuada confiança nas perspetivas operacionais e financeiras" da empresa.

Com esta proposta a Nos vai pagar aos acionistas cerca de 180 milhões de euros, um valor que tal como no passado supera os resultados líquidos obtidos. O "payout" é de 127%.

Tendo em conta a cotação de quinta-feira da Nos, este dividendo apresenta uma rendibilidade de 6,6%.

 

A Nos manteve o capex (investimento operacional) de 2018 nos 375,7 milhões de euros, sendo que a dívida financeira liquida baixou 1,8% para 1.065,9 milhões de euros.

O custo médio da dívida foi de 1,6% no quarto trimestre e de 1,8% na totalidade de 2018. No final do ano a maturidade média da dívida era de 2,9 anos.

 

A empresa sublinha que o rácio Dívida Financeira Líquida / EBITDA é agora de 1,8x, "representando uma estrutura de capital sólida e conservadora na ordem das 2x, a qual estamos comprometidos em manter".

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