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IP Telecom vai substituir Meo na gestão dos cabos submarinos que ligam os Açores e Madeira
Segundo o presidente da Anacom, a IP Telecom vai passar a ser a responsável pela gestão dos cabos submarinos que ligam as regiões dos Açores e da Madeira. Até agora, as infraestruturas eram geridas pela Meo.
O presidente do regulador das telecomunicações (Anacom) anunciou que em breve será conhecido o novo modelo de gestão dos cabos submarinos que fazem as ligações entre o continente e as regiões dos Açores e da Madeira. Mas adiantou já que a infraestrutra vai passar para a alçada da gestão pública, sendo a IP Telecom a nova responsável pelos cabos de telecomunicaçoes que, até agora, estavam nas mãos da Meo.
Durante a audição que está a decorrer no Parlamento, João Cadete de Matos referiu que a informação que lhe foi transmitida pelo ministro das Infraestururas, Pedro Nuno Santos, "é que essa decisão estará iminente", e "que a empresa IP Telecom será responsável, de acordo com decisão do Conselho de Ministros, pela gestão dos cabos submarinos", acrescentou o responsável que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
Para o presidente do regulador setorial, trata-se de uma "boa notícia". E espera que agora, após a conclusão do estudo do grupo de trabalho criado para discutir a substituição destes cambos, "se comece a trabalhar no assunto energeticamente".
As atuais infraestuturas ainda têm um tempo de vida útil entre cinco a seis anos. Porém, em maio de 2019 o Governo decidiu avançar logo com a criação de um grupo de trabalho com representantes do Governo da República, dos dois governos regionais e da Anacom, para avançarem com um estudo para a operação de substituição dos cabos.
Durante a audição no Parlamento, Cadete de Matos foi questionado por diversas sobre este tema. E em resposta às várias perguntas repetiu que a questão dos cabos submarinos dos Açores e Madeira é um "problema do país" que tem se ser trabalhado o mais cedo possível.
Por estas razões, acredita que Governo vai tomar uma decisão sobre as recomendações que foram feitas pelo grupo de trabalho o mais breve possível, acrescentando que vê com bons olhos o facto de ter " aceitado uma das recomendações relativamente à existência de um operador público responsável pela gestão dos cabos submarinos". "É essencial que seja um operador grossista neutro, que assegure a qualidade do funcionamento e os preços competitivos", de modo a que os Açores e a Madeira "não tenham nenhuma descriminação" face ao resto do país.