Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Governo brasileiro recua no financimento do BNDES ao leilão 4G

O ministro das Comunicações do Governo do Dilma Rouseff tinha adiantado que o banco estatal poderia financiar o leilão de uma nova frequência de licenças 4G no Brasil.

36.º - Dilma Rousseff
Presidente do Brasil sinaliza a importância do país para a economia e empresas portuguesas.
28 de Agosto de 2014 às 12:33
  • ...

O ministro das Comunicações brasileiros, Paulo Bernardo, tinha revelado que o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) iria financiar as novas faixas das licenças 4G que serão lançadas, em Setembro, no Brasil.

 

O governante tinha prometido às operadoras "uma linha que crédito ilimitado", como refere o Estado de São Paulo. O valor poderia ascender a 8 mil milhões de reais (2,6 mil milhões de euros), segundo a mesma fonte.

 

Agora, Paulo Bernardo recuou e já afastou a participação do banco nesta operação. Uma fonte do Executivo adiantou ao jornal Valor que, até agora, o banco estatal preparou um financiamento que abarcará somente um conjunto específico de despesas previstas no plano de negócio do 4G, proposto no edital aprovado na última semana pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

 

O objectivo não é financiar as licenças, mas despesas como "a cobertura de gastos com a instalação da infraestrutura de rede e a ‘limpeza’ da faixa de 700 MHz, ocupada por emissoras de televisão". Contudo, o valor desse financiamento não foi adiantado.

 

"Fui alertado que não seria possível financiar as licenças", disse Paulo Bernardo, citado pelo Estadado de São Paulo.

 

O valor total mínimo das licenças para o leilão da frequência de 700 MHz móvel de telecomunicações quarta geração (4G) é de 7,71 mil milhões de reais (2,5 mil milhões de euros). A Anatel definiu quatro lotes, dos quais três lotes nacionais terão preço mínimo de 1,927 mil milhões de reais (636 milhões de euros).

 

O quarto lote, com excepção das áreas de cobertura das operadoras CTBC e Sercomtel, tem um preço mínimo de 1,893 mil milhões de reais (603 milhões de euros). Já os dois lotes regionais terão um preço mínimo de 29,56 milhões (9,9 milhões de euros) e de 5,282 milhões de reais (1,770 milhões de euros), respectivamente.

 

As operadoras ainda terão custos com a limpeza do espectro. Assim, está previsto que em cada um dos três lotes nacionais, o custo de limpeza seja 903,9 milhões de reais (302,7 milhões de euros). Para o quarto lote nacional (com exceção de CTBC e Sercomtel), o valor é de 887,6 milhões de reais (297,5 milhões de euros). Para os dois regionais, 13,9 milhões (4,6 milhões de euros) e 2,5 milhões de reais (838 mil euros), respectivamente.

 

Está previsto ainda que, caso as vencedoras já tenham licença na frequência de 2,5 GHz tenham que desembolsar cerca de 560 milhões de reais (187,7 milhões de euros).

 

Oficialmente só a TIM confirmou que iria analizar as condições do leilão. Mais nenhuma operadora se mostrou disponível para confirmar o seu interesse no leilão, contudo a imprensa brasileira afiança que as principais companhias irão disputar o mesmo.

 

Em Maio, Paulo Bernardo estava convicto que as quatro grandes empresas de telecomunicações no Brasil -Vivo, TIM, Oi e Claro- participarão do leilão de 4G, como noticiou a Reuters.

 

O leilão está agendado para 30 de Setembro e as operadoras interessadas deverão entregar as propostas a 23 de Setembro.

Ver comentários
Saber mais Comunicações Paulo Bernardo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social Estado de São Paulo licenças 4G leilão
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio