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Digi vai apostar em "preços atrativos" e não na "fidelização"

Apesar de não avançar com datas, o CEO da operadora adianta que o objetivo é lançar uma oferta completa em Potugal ao mesmo tempo: TV, banda larga fixa e rede móvel. E sem períodos longos de fidelização. Sobre o segmento móvel, defendeu que as ofertas de roaming nacional não foram "satisfatórias"

DR
14 de Agosto de 2024 às 15:46
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Apesar de não se comprometer com datas, aos poucos, a Digi vai levantando o véu da oferta que planeia lançar em Portugal. O objetivo é lançar uma oferta completa ao mesmo tempo: televisão paga, banda larga fixa e rede móvel. Serviços que não deverão ter fidelizações por dois anos, ao contrário da larga maioria das ofertas dos concorrentes. A informação foi avançada pelo CEO da Digi Communications, Serghei Bulgac, durante a conferência de apresentação dos resultados do primeiro semestre

O responsável sublinhou que a estratégia ainda não está fechada, mas o período de fidelização "não será o nosso foco, mas sim ter preços atrativos para captar clientes".

Sobre a oferta móvel, explicou que o mais provável é ser lançada através do investimento em infraestrutura própria por considerarem "insatisfatórias" as ofertas que receberam das outras operadoras para o "roaming" nacional.

Serghei Bulgac confessou que continuam "interessados" em acordos do género, como têm feito noutros mercados como na vizinha Espanha. "Se conseguirmos chegar a um acordo de "roaming" nacional,  é algo que ainda estamos interessados". Porém, por considerar que os valores pedidos pelas concorrentes portuguesas para 'emprestar' as suas redes não compensavam,  "o cenário mais provável  é lançar com rede própria". E "creio que é suficiente, cobre bem toda a população", acrescentou, lembrando que têm estado "empenhados" no investimento de infraestruturas móveis e fixas. Recentemente, a empresa comunicou que planeia investir mais de 500 milhões de euros em Portugal.

No que toca ao segmento de televisão paga, o trunfo da Digi passa pela compra da Nowo. Além de permitir entrar no mercado logo com uma quota de 2%, o CEO do grupo romeno admite que poderá servir para ter acesso a alguns conteúdos que já integram o portfólio da atual quarta maior operadora em Portugal.

No dia 2 de agosto, a Digi anunciou que tinha chegado a acordo com a Lorca para comprar a Cabonitel, empresa que detém a operadora de telecomunicações portuguesa Nowo, por 150 milhões de euros.

Quanto à data de entrada no país, o responsável continua a adiantar apenas que será no segundo semestre. De acordo com as regras do leilão 5G, o lançamento de uma oferta comercial, se não houve extensão do prazo como aconteceu recentemente coma Nowo, terá qe ser concretizado até final de novembro.  

Durante a conferência telefónica, Serghei Bulgac assegurou ainda que a rede 5G em Portugal não vai contar com nenhum fornecedor chinês, adiantando que a operadora vai trabalhar com a Ericsson e a Nokia.

(Notícia atualizada às 16h07)

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