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Depois da Cablevision, Drahi admite mais aquisições nos EUA
O fundador da Altice admitiu mais aquisições nos Estados Unidos, especialmente no mercado móvel. Questionado sobre que operadora gostaria de comprar a seguir, Drahi respondeu: "Todas, basicamente".
Depois de ter adquirido a norte-americana Cablevision por 17,7 mil milhões de dólares (15,6 mil milhões de euros), Patrick Drahi admitiu que as suas compras podem não ficar por aqui. Numa conferência de imprensa realizada na quinta-feira à noite, poucas horas depois de ter sido fechado o negócio da Cablevision, o empresário franco-israelita abriu a porta à possibilidade de comprar uma empresa de telecomunicações móveis nos Estados Unidos.
Drahi admitiu que ainda pode "aumentar o tamanho" do seu negócio nos Estados Unidos, tendo visto "mais oportunidades de consolidação".
O empresário, que há uns meses entrou no mercado de cabo dos Estados Unidos através da aquisição de 70% do capital da Suddenlink Communications, referiu que "em algum momento" gostaria de deter também uma operadora móvel norte-americana, algo que levaria algum tempo.
"Somos muito pequenos", afirmou o fundador da Altice, na conferência. "Vamos ver se podemos comprar mais sistemas de cabo antes de irmos para o móvel". Questionado sobre que operadora gostaria de comprar a seguir, Drahi respondeu: "Todas, basicamente".
O milionário, que é conhecido pela sua gestão apertada em termos de custos, sublinhou que há "muitas pessoas muito bem pagas" na Cablevision. "Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder", acrescentou.
A Altice tem agora a quarta maior operadora de cabo dos Estados, mas as suas opções no mercado móvel são limitadas, segundo Jan Dawson, analista da Jackdaw Research LLC: a T-Mobile, detida, em parte, pelo Deutsche Bank; a Sprint Corp., controlada pelo japonês Softbank Group Inc., e a TracFone, parte do império de telecomunicações de Carlos Slim.
Além da actividade no sector de telecomunicações, a Cablevision, que passou agora para as mãos de Drahi, tem ainda presença no sector dos media, sendo proprietária de títulos como o Newsday ou o amNewYork, um jornal gratuito com uma circulação de 300 mil exemplares.
Uma área que a Altice também já admitiu por várias vezes querer investir, tendo criado a Altice Media Group que detém o Libération, L’Express e o L’Expansion.