Notícia
CEO da Orange arrisca 18 meses de prisão por fraude
Stephane Richard é acusado de ter ajudado o empresário Bernard Tapie a defraudar o Estado francês em mais de 400 milhões de euros, num caso que remonta a 1993.
02 de Abril de 2019 às 10:48
O presidente executivo da Orange, Stéphane Richard, arrisca uma pena de prisão de até 18 meses, se for considerado culpado no caso em que é acusado de ter ajudado um empresário a defraudar o Estado francês em 403 milhões de euros. A informação é avançada, esta terça-feira, 2 de abril, pela Bloomberg, que dá conta de que o responsável poderá ainda ficar impedido de exercer cargos públicos.
O caso remonta a 1993, quando Bernard Tapie, o empresário que terá sido ajudado por Stéphane Richard a cometer fraude, vendeu uma participação da Adidas. Um banco estatal francês envolvido no processo terá enganado o empresário, segundo alegou o próprio. Em 2007, Christine Lagarde, na altura ministra das Finanças de França, aceitou levar a disputa a um processo de arbitragem, confiando em Stephane Richard, então seu chefe de gabinete, para supervisionar o processo. No ano seguinte, Tapie ganhou milhões de euros neste processo.
O empresário acabou por ser acusado de fraude e desvio de dinheiros públicos, enquanto Richard foi acusado de ter ajudado Tapie a enganar o Estado, para um benefício próprio de centenas de milhões de euros. Lagarde, por seu lado, foi considerada culpada de negligência num julgamento à parte, em 2016.
O julgamento irá desenrolar-se até esta sexta-feira, 5 de Abril, e a decisão só deverá ser conhecida daqui a alguns meses, de acordo com a Bloomberg. Richard arrisca uma pena de três anos, com 18 meses suspensos, a proibição de exercer cargos públicos durante vários anos e o pagamento de uma multa no valor de 100 mil euros. Já para o empresário Bernard Tapie, a acusação pede uma pena de cinco anos e o arresto das suas propriedades.
Stéphane Richard, à frente da Orange desde 2009, mantém que está inocente neste processo, enquanto a sua defesa aponta que as acusações não têm fundamento. O atual ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, já afirmou que Richard terá de se afastar da liderança da Orange se for considerado culpado. Contudo, a empresa decidiu não designar um presidente interino enquanto não é conhecida a decisão.
O caso remonta a 1993, quando Bernard Tapie, o empresário que terá sido ajudado por Stéphane Richard a cometer fraude, vendeu uma participação da Adidas. Um banco estatal francês envolvido no processo terá enganado o empresário, segundo alegou o próprio. Em 2007, Christine Lagarde, na altura ministra das Finanças de França, aceitou levar a disputa a um processo de arbitragem, confiando em Stephane Richard, então seu chefe de gabinete, para supervisionar o processo. No ano seguinte, Tapie ganhou milhões de euros neste processo.
O julgamento irá desenrolar-se até esta sexta-feira, 5 de Abril, e a decisão só deverá ser conhecida daqui a alguns meses, de acordo com a Bloomberg. Richard arrisca uma pena de três anos, com 18 meses suspensos, a proibição de exercer cargos públicos durante vários anos e o pagamento de uma multa no valor de 100 mil euros. Já para o empresário Bernard Tapie, a acusação pede uma pena de cinco anos e o arresto das suas propriedades.
Stéphane Richard, à frente da Orange desde 2009, mantém que está inocente neste processo, enquanto a sua defesa aponta que as acusações não têm fundamento. O atual ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, já afirmou que Richard terá de se afastar da liderança da Orange se for considerado culpado. Contudo, a empresa decidiu não designar um presidente interino enquanto não é conhecida a decisão.