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Cellnex com prejuízos de 91 milhões nos primeiros três meses do ano

Resultado líquido deve-se ao efeito das amortizações e custos financeiros fruto das aquisições, justifica a operadora de infraestruturas de telecomunicações. Receitas aumentaram e crescimento orgânico foi de 6,8%.

Cellnex
27 de Abril de 2023 às 10:52
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A Cellnex fechou os primeiros três meses do ano com prejuízos de 91 milhões de euros, comunicou a empresa à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV). "O resultado deve-se ao efeito das amortizações e custos financeiros, que aumentaram 13% e 12%, respetivamente, face ao ano passado", explica a operadora de infraestruturas de telecomunicações, acrescentando que a isto soma-se ainda o processo de consolidação das aquisições e integrações e a consequente expansão geográfica do grupo.

A empresa espanhola anunciou no ano passado que após anos marcados por um forte investimento em aquisições, iria agora focar-se no crescimento orgânico e na consolidação do negócio. E nos primeiros três meses do ano a empresa viu as receitas acelerarem para os 985 milhões de euros, um aumento de 19% face aos 828 milhões registados no período homólogo. O crescimento orgânico foi de 6,8%.

"Os serviços de infraestruturas para operadores móveis perfizeram 91,3% das receitas (899 milhões), o que representa um crescimento anual de 20%", detalha a empresa.

Já o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações situou-se nos 730 milhões, também acima dos 634 milhões registados nos primeiros três meses de 2022.

"No primeiro trimestre do ano, atingimos com sucesso a meta para o crescimento orgânico do grupo, que reforça o alinhamento da empresa com os objetivos que anunciamos em novembro passado", afirma Tobias Martínez, CEO da empresa - cargo no qual se manterá até ao início de junho. Martínez lembra que o objetivo é "assegurar o estatuto de investimento do Standard & Poor's até 2024".

A 31 de março, a Cellnex tinha um total de 111,931 sites operacionais, sendo que este valor não incluí os 18.936 planeados para implantação até 2030. Do total, 6.431 são em Portugal.

Os últimos meses têm sido conturbados na gestão da Cellnex, tendo a empresa visto o seu CEO apresentar a demissão e feito mudanças na administração da empresa. Tobias Martínez, que mantém-se no cargo até junho, apresentou a demissão a 11 de janeiro, tendo justificado na altura que o "atual contexto económico e financeiro exigem que seja aberto um novo capítulo na história da Cellnex". 

Desde então, a empresa procura um novo diretor-executivo. A 27 de março, a Cellnex anunciou Anne Bouverot como a nova presidente não executiva do grupo, substituindo Bertrand Kan. A decisão foi tomada após Chris Hohn, proprietário do fundo The Children Investment (TCI) e principal acionista da empresa espanhola, ter pedido a demissão do antecessor de Bouverot.

Na base da exigência de Hohn, referiu na altura, estava a "fraca gestão governativa", assim como a "má condução do processo e recrutamento de um novo CEO".

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