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Cellnex tem nova presidente não executiva. Anne Bouverot substitui Bertrand Kan
Foram feitas mudanças no conselho de administração após o multimilionário Chris Hon, principal acionista da empresa, ter pedido a demissão de Bertrand Kan.
A espanhola Cellnex anunciou mudanças no conselho de administração da empresa. Anne Bouverot (na foto) é agora a presidente não executiva da operadora de infraestruturas de telecomunicações, substituindo Bertrand Kan, revela a empresa numa comunicação à Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNVM).
A mudança acontece numa altura em que o grupo espanhol procura um novo CEO, após a demissão de Tobias Martínez, em meados de janeiro, e depois de o multimilionário Chris Hon, proprietário do fundo The Children Investment e principal acionista da empresa, ter pedido a demissão de Bertrand Kan - que irá manter-se como conselheiro independente.
"Acreditamos que a Cellnex é um ótima empresa, mas, na nossa opinião, não consegue atingir todo o seu potencial porque é travada pelo fraca gestão governativa", disse Hon, numa carta dirigida ao conselho de administração a que o Financial Times teve acesso.
A Cellnex anunciou que este e os próximos anos serão dedicados a maximizar o crescimento orgânico e consolidar o projeto industrial nos países onde opera. Em Portugal, o CEO, Nuno Carvalhosa, disse ao Negócios que os "próximos dois anos serão de pausa nas aquisições". Desde 2020, ano em que comprou a Omtel pelo valor de 800 milhões de euros, o investimento da empresa em aquisições de ativos móveis, e respetiva modernização dos mesmos, no país já ascende aos dois mil milhões de euros.
A mudança acontece numa altura em que o grupo espanhol procura um novo CEO, após a demissão de Tobias Martínez, em meados de janeiro, e depois de o multimilionário Chris Hon, proprietário do fundo The Children Investment e principal acionista da empresa, ter pedido a demissão de Bertrand Kan - que irá manter-se como conselheiro independente.
"Acreditamos que a Cellnex é um ótima empresa, mas, na nossa opinião, não consegue atingir todo o seu potencial porque é travada pelo fraca gestão governativa", disse Hon, numa carta dirigida ao conselho de administração a que o Financial Times teve acesso.
"Acreditamos que o processo de recrutamento para um novo CEO foi mal gerido e resultou num progresso insuficiente. Como resultado, perdemos confiança em Bertrand Kan", referiu, pedindo também a demissão de dois outros altos cargos.
A Cellnex anunciou que este e os próximos anos serão dedicados a maximizar o crescimento orgânico e consolidar o projeto industrial nos países onde opera. Em Portugal, o CEO, Nuno Carvalhosa, disse ao Negócios que os "próximos dois anos serão de pausa nas aquisições". Desde 2020, ano em que comprou a Omtel pelo valor de 800 milhões de euros, o investimento da empresa em aquisições de ativos móveis, e respetiva modernização dos mesmos, no país já ascende aos dois mil milhões de euros.