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Cellnex tem nova presidente não executiva. Anne Bouverot substitui Bertrand Kan

Foram feitas mudanças no conselho de administração após o multimilionário Chris Hon, principal acionista da empresa, ter pedido a demissão de Bertrand Kan.

28 de Março de 2023 às 10:13
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A espanhola Cellnex anunciou mudanças no conselho de administração da empresa. Anne Bouverot (na foto) é agora a presidente não executiva da operadora de infraestruturas de telecomunicações, substituindo Bertrand Kan, revela a empresa numa comunicação à Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNVM). 

A mudança acontece numa altura em que o grupo espanhol procura um novo CEO, após a demissão de Tobias Martínez, em meados de janeiro, e depois de o multimilionário Chris Hon, proprietário do fundo The Children Investment e principal acionista da empresa, ter pedido a demissão de Bertrand Kan - que irá manter-se como conselheiro independente. 

"Acreditamos que a Cellnex é um ótima empresa, mas, na nossa opinião, não consegue atingir todo o seu potencial porque é travada pelo fraca gestão governativa", disse Hon, numa carta dirigida ao conselho de administração a que o Financial Times teve acesso.


"Acreditamos que o processo de recrutamento para um novo CEO foi mal gerido e resultou num progresso insuficiente. Como resultado, perdemos confiança em Bertrand Kan", referiu, pedindo também a demissão de dois outros altos cargos. 

Na primeira mensagem enquanto presidente não executiva da Cellnex, Bouverot, que era conselheira independente da empresa desde maio de 2018, reforçou que encontrar um sucessor de Tobias Martínez é "prioridade". A nova presidente do conselho de administração conta já com vários anos de experiência na indústria das telecomunicações, tendo feito parte da Orange durante 19 anos. Chegou também a ser diretora-geral da GSMA, associação mundial da indústria e que está por trás da organização do Mobile World Congress - maior feira de telecomunicações móveis do mundo.

A Cellnex anunciou que este e os próximos anos serão dedicados a maximizar o crescimento orgânico e consolidar o projeto industrial nos países onde opera. Em Portugal, o CEO, Nuno Carvalhosa, disse ao Negócios que os "p
róximos dois anos serão de pausa nas aquisições". Desde 2020, ano em que comprou a Omtel pelo valor de 800 milhões de euros, o investimento da empresa em aquisições de ativos móveis, e respetiva modernização dos mesmos, no país já ascende aos dois mil milhões de euros.




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