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Altice não prevê vender Meo em breve e está a explorar outras opções

A Altice garante que não está prevista a conclusão de nenhuma operação de venda no mercado português em breve e continua a explorar eventuais oportunidades que podem passar por outras opções estratégicas. Mas não tem pressa. Os cerca de mil milhões da venda da plataforma Teads vão ser direcionados para abater dívida.

O grupo liderado por Patrick Drahi comprou a então Portugal Telecom em 2015 por 5,5 mil milhões de euros.
João Cortesão
29 de Agosto de 2024 às 13:48
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A Altice esclareceu que não está nos planos a venda da operação em Portugal em breve, mas continua a explorar outras oportunidades. Durante a conferência telefónica com analistas, no âmbito dos resultados do segundo trimestre,  o CFO da Altice Internacional, Malo Corbin, detalhou que estão a avaliar "outras opções".

Apesar de não ter avançado com mais detalhes, a nova estratégia pode vir a passar pela venda de alguns ativos em separado e não pela operação como um todo. "Em Portugal, temos infraestruturas e muitos ativos valiosos e há apetite por alguns destes ativos", revelou. Porém, sublinhou que neste momento "não há nenhuma operação em concreto. Quando houver, iremos anunciar".

Os responsáveis da Altice mostraram-se confiantes com o futuro da operação em Portugal e acreditam que irá continuar a tendência de crescimento que vinha a registar. Estão confiantes que a ligeira queda das receitas em 1,7% causada pela quebra do negócio da Altice Labs não se irá repetir.

"Portugal continua a ser o principal ativo do grupo e a registar um crescimento orgânico saudável", sustentou. 

Tal como os analistas ouvidos pelo Negócios tinham explicado, tendo em conta a conclusão dos recentes negócios com receitas superiores a mil milhões de euros, a Altice não tem pressa para vender a Meo que é considerado a joia da coroa do grupo. As negociações com a Saudi Telecom tiveram um ponto final no mês passado por diferentes visões relacionadas com o preço. Segundo a Blomberg, o grupo de Patrick Drahi apontava para os 8 mil milhões de euros. 

Além disso,  a Altice já assegurou o reembolso das próximas linhas de obrigações, só precisa de se refinanciar após 2025. E a venda da plataforma de publicidade em vídeo Teads terá um contributo importante.

Na mesma conferência, os responsáveis da Altice confirmaram que o destino do encaixe de cerca de mil milhões de euros com esta alienação - outro dos temas que estava a gerar expectativa junto dos credores -  será para abater dívida. A operação deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2025.

Fica a faltar saber o destino, e valor, da venda da posição de 24,5% da Altice na British Telecom (BT) à gigante indiana Bharti. Esta operação não faz parte do universo da Altice Iternational. 

A Altice Internacional mantém o guidance de reduzir o rácio de dívida sobre o EBITDA de 5 vezes para 4 vezes. 

No global, a Altice International, que inclui as operações em Portugal, Israel e República Dominicana, registou uma queda das receitas de 2,2% para cerca de mil milhões e o EBITDA recuou 1,1% para 412 milhões de euros. 

Em Portugal, os proveitos caíram 1,7%, em Israel recuaram 5,3% e na República Dominicana diminuíram 1,6%.

(Notícia atualizada às 14h20)

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