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Altice diz que aumento de preços no pacote de telecomunicações é "redonda falsidade"

A Altice Portugal afirmou hoje que o aumento de preços no pacote de telecomunicações é "pura e redonda falsidade", depois da Anacom ter divulgado que a Meo subiu as mensalidades do 3P e, em simultâneo, diminuiu a sua qualidade.

Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, garante que a empresa “é resiliente” à covid-19.
Mariline Alves
16 de Novembro de 2020 às 22:33
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"A afirmação da Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] sobre o aumento de preços no pacote de telecomunicações nada mais é que uma pura e redonda falsidade", disse a dona da Meo, em comunicado.

"De forma alguma se pode aferir que se tenha registado qualquer diminuição da qualidade do serviço na oferta que a empresa tem no mercado", acrescentou a empresa.

Em comunicado, a Anacom divulgou hoje que, entre outubro e novembro, "os três principais prestadores de comunicações eletrónicas em Portugal (Meo, NOS e Vodafone) aumentaram as mensalidades das suas ofertas base 'triple play' [3P] em 3,3% (mais um euro)".

O regulador apontou que, "na sequência deste aumento de preços, que surge ao mesmo tempo e na mesma proporção, e que é muito superior à taxa de inflação, a mensalidade mais baixa das suas ofertas 'triple play' sobe para cerca de 31 euros", salientando que desde 2018 que "não existem diferenças nas mensalidades deste tipo de ofertas, que incluem Internet fixa, telefone fixo e televisão por subscrição".

E, "em simultâneo com o aumento de preços, registou-se também uma redução da qualidade deste tipo de ofertas nos três operadores, visto que a velocidade de 'download' anunciada baixou de 100 Mbps para 30 Mbps", acrescentou a Anacom.

A Altice Portugal acrescenta que "as condições referidas pela Anacom não se aplicam a clientes atuais", reiterando que "Portugal é um dos países da União Europeia em que os pacotes de telecomunicações são os mais atrativos, como aliás mencionado pelo estudo do IDES, publicado pela Comissão Europeia".

A dona da Meo critica o regulador, apontando que "há cerca de três anos que a Anacom não realiza qualquer estudo de mercado ou de preços, antes recorrendo a dados completamente estranhos ao setor".

Face a isso, "lamentamos que, uma vez mais, baseado numa falta de evidências, venha o regulador do setor tentar manipular o país com declarações infundadas que apenas pretendem denegrir a imagem desta empresa que investe centenas de milhões de euros por ano" em Portugal e "emprega cerca de 20 mil pessoas".

Assim, "tendo a Anacom, de há três anos a esta parte, imprimindo um estilo de afirmar e defender teses sem que estas tenham qualquer estudo oficial ou evidência, credível e homologado por base, lança a Altice Portugal o repto para que pela primeira vez mostre qual o estudo ou evidências em que baseia as suas afirmações, à semelhança do que praticam outras entidades, nacionais e internacionais, que têm vindo publicamente a criticar a regulação e o regulador em Portugal, com estudos concretos e publicados ou análises de mercado, de caráter económico-financeiro.

"Lamentamos ainda que pelas mãos da atual liderança da Anacom, Portugal, que sempre esteve na linha da frente no desenvolvimento e implementação das novas redes de comunicações fixas e móveis, esteja já hoje na cauda da Europa, comprometendo a competitividade do país, no que se refere ao lançamento da nova tecnologia 5G, enquanto outros 17 países da Europa comunitária já lançaram as suas redes", concluiu.
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