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Altice dá pontapé de saída para entrada em bolsa de negócio nos EUA
A Altice submeteu ao supervisor norte-americano o pedido de registo para a oferta pública inicial da sua subsidiária dos Estados Unidos.
A Altice, dona da Meo em Portugal, detida pelo milionário Patrick Drahi (na foto), deu o pontapé de saída para a oferta pública inicial (IPO na sigla anglo-saxónica, referindo-se à inicial public offer) da sua unidade nos Estados Unidos.
De acordo com um comunicado da Altice, a empresa submeteu à SEC (Securities and Exchange Commission), supervisor do mercado de capitais norte-americano, o pedido de registo.
O pedido foi submetido mas ainda não concedido, salienta a Altice, que tem para a oferta pública inicial da Altice USA os bancos JP Morgan, Morgan Stanley, Citigroup e Goldman Sachs como colocadores.
Segundo a Reuters, que cita o documento enviado à SEC, a Altice USA pretende aumentar a sua situação financeira para comprar activos nos negócios de banda larga e media nos Estados Unidos. A Altice tem um elevado nível de endividamento, em particular com as compras nos Estados Unidos das operações de televisão por cabo Cablevision (Optimum) e da Suddenlink Communications, pelo que o mercado de capitais será a forma de financiar crescimento futuro. E já se apontam possíveis alvos: a Cox Communications, detida em 31% pela Canada Pension Plan Investment Board e pela BC Partners, tem sido referida como estando na mira da Altice USA.
A 8 de Dezembro, a Altice tinha feito um comunicado em que anunciava estar a explorar a possibilidade de um IPO de uma participação minoritária da operação nos EUA. Agora dá mesmo o primeiro passo.
No conjunto do ano de 2016, o grupo gerou receitas nos Estados Unidos de 5,4 mil milhões de euros, de acordo com o relatório da companhia de Patrick Drahi. O EBITDA atingiu 2,2 mil milhões de euros. No final do ano, a dívida líquida do grupo Altice atingia os 50,4 mil milhões de euros, sendo perto de 20 mil milhões referentes aos Estados Unidos.