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Notificações à Anacom de incidentes de segurança atingiram o valor mais baixo desde 2015

Em 2020, ano de utilização intensiva de redes e serviços, o regulador das comunicações recebeu menos notificações de incidentes de segurança.

A entidade liderada por Cadete de Matos garante que as operadoras cumpriram as recomendações de 2018.
Paulo Calado
21 de Abril de 2021 às 11:00
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No ano passado, a Anacom, a autoridade reguladora das comunicações em Portugal, recebeu notificações de 64 incidentes de segurança feitas por parte de empresas de rede e serviços de comunicações eletrónicas. De acordo com os dados divulgados pela Anacom, este é o valor mais baixo desde 2015, ano em que foram contabilizados 100 incidentes de segurança.

Face a 2019, o valor de incidentes de segurança notificados ao regulador baixou 20%. Os números de 2020 estão significativamente abaixo dos valores de 2017, quando foram recebidas notificações de 192 incidentes, o valor mais alto em seis anos.

Dos incidentes notificados em 2020, o regulador concluiu que 59% dos incidentes estão ligados a falha no fornecimento de bens ou serviços por terceiros, "designadamente falhas no fornecimento de energia elétrica ou de avaria em circuitos alugados. São ainda mencionadas as ocorrências devido a acidente ou fenómeno natural, que representam 22% do total dos incidentes reportados. Já a manutenção ou falha de hardware ou de software foi responsável por 16% dos incidentes. Por fim, os ataques maliciosos deram origem a 3% dos incidentes reportados.

A maioria das notificações teve impacto em dois ou mais serviços de comunicações eletrónicas, explica a Anacom. O telefone fixo foi o serviço mais afetado, representando 88% do total das notificações recebidas. Segue-se a telefonia móvel (70%) e a internet móvel (33%). O regulador refere que 2020 seguiu a tendência dos últimos seis anos, com os incidentes com telefonia fixa a liderar (70%), seguido pela telefonia móvel (57%) e internet móvel (45%). Menos expressivas ao longo dos últimos seis anos têm sido os incidentes com a TDT ou a TV por subscrição, com 23% e 20%, respetivamente.

A entidade liderada por João Cadete de Matos indica que, do total de incidentes, 27 foram notificados devido ao impacto sobre o número de assinantes e acessos afetados. Destes 27, nove deles "foram abrangidos pela obrigação de divulgação ao público pelas empresas Meo, Nos e Nowo/Oni".

A Anacom realça ainda um agravamento da situação no ano passado no que diz respeito aos incidentes que condicionaram os utilizadores, nomeadamente no contacto com centros de chamadas de emergência. Neste contexto, 32 incidentes de segurança notificados em 2020 - metade do total - "registaram impacto no acesso aos Centros de Atendimento do 112 dos Postos de Atendimento de Segurança Pública", diz Anacom. No ano anterior o impacto era de 39%, com 31 incidentes a condicionarem esse tipo de chamadas.
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