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Nos com prejuízos de 10 milhões de euros até março

A operadora justifica os resultados com os efeitos da covid-19 e com as perdas de 8,8 milhões de euros nas participações na Sport TV e na Zap.

# Porque Desce - Miguel Almeida tem uma descida ligeira na lista deste ano, motivada pela subida ao poder de outros protagonistas. De qualquer forma, o que este ano se passou no futebol, desporto ao qual a Nos tem forte associação, não deixou que o ano fosse coroado de sucessos, ainda mais com a entrada de um novo concorrente a disputar direitos televisivos. Ainda assim, a Nos viu ser abortado o negócio a que se opôs de compra da Media Capital pela Altice. Uma vitória relevante.
Miguel Baltazar
06 de Maio de 2020 às 18:13
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A Nos fechou o primeiro trimestre com prejuízos de 10,4 milhões de euros, um valor que compra com o resultado liquido positivo de 42,5 milhões de euros registados em igual período do ano anterior.

A operadora liderada por Miguel Almeida justifica o resultado com os "efeitos da pandemia covid-19, devidos a custos não recorrentes, "nomeadamente o aumento de provisões para fazer face ao aumento de dívidas incobráveis, entre outros". Além disso, revela que o "contributo das empresas associadas se deteriorou de forma significativa, registando perdas de 8,8 milhões de euros, com uma contribuição negativa da Sport TV e da ZAP, devido ao registo de imparidades e provisões".

Nos três primeiros meses do ano a Nos registou receitas totais de 345,4 milhões de euros, o que se traduz num decréscimo de 3% face ao mesmo período de 2019, diz a empresa em comunicado emitido à CMVM

No segmento de telecomunicações, os proveitos decresceram 2,2% para 332,9 milhões de euros neste período, com as receitas do segmento consumo a registarem uma redução marginal de 0,2% e as receitas do segmento empresarial a reduzirem 0,8%. Dentro do segmento consumo, as receitas residenciais registaram uma quebra de 1,8%, explicada sobretudo pelo declínio das receitas de canais "premium" desporto, e as receitas do segmento pessoal registaram uma subida de 7,1%, detalha a operadora.

A área de cinema e audiovisuais seguiu a mesma trajetória descendente, tendo registado "uma forte desaceleração a partir do inicio de março, com as receitas a caírem 15,5% para 21,8 milhões de euros".

No que toca ao EBITDA, durante o período em análise, também recuou 4,6%, para 152,7 milhões de euros. "No segmento de telecomunicações, o EBITDA verificou uma redução de 3,4% para 141,8 milhões de euros", lê-se no mesmo documento.

Clientes de TV e do móvel aumentam

No primeiro trimestre do ano a registou um aumento do número de serviços de 199 mil para um total de 9,7 milhões de serviços.

No segmento móvel, teve um aumento de 98 mil clientes face ao período homólogo, contando no final de março com 4,847 milhões. Na televisão por subscrição também registou uma variação positiva de 1,7% para 1,644 milhões.

O número de serviços de banda larga fixa situava-se em 1,425 milhões face aos 1,383 milhões registados no período homólogo de 2019, enquanto o número de serviços de voz fixa alcançou os 1,757 milhões, face aos 1,728 milhões no final de março de 2019.

 

Ao longo do primeiro trimestre a Nos somou um investimento de 88,2 milhões de euros, o que representa um aumento de 1,1%. O montante foi aplicado para a expansão das redes da operadora que no final de março contava com 4,6 milhões de casas cobertas com fibra ótica, mais 190 mil lares face ao mesmo período do ano passado.

No final de março a dívida financeira líquida situava-se nos 1.062 milhões de euros, "mais 5,8% que no final de março de 2019, representando 1,9x o EBITDA Após Leasings, um rácio conservador face às congéneres do setor", segundo a Nos.

(Notícia atualizada às 18h24)

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