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Já deu entrada na SEC confirmação de compra do Twitter. Saiba o que vai mudar

A liberdade de expressão e o combate às contas falsas são as bandeiras de Musk para o novo Twitter. Do outro lado da história estão os despedimentos em massa e a saída de bolsa.

Reuters
28 de Outubro de 2022 às 18:23
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O mundo assistiu esta quinta-feira à entrada de Elon Musk na sede do Twitter carregando um lavatório. Era o primeiro sinal de que estaria fechado o acordo de aquisição da rede social pelo homem mais rico do mundo.

 

Ao início da tarde de ontem, o homem mais rico do mundo já tinha mudado a sua descrição de perfil no Twitter para "Chief Twit" e alterado a sua localização para São Francisco - onde a empresa está sediada.

Entretanto já deu entrada no regulador financeiro norte-americano (na sigla inglesa SEC), o documento que confirma a compra da rede social, pelo que surge a questão: O que vai fazer o empresário à rede social?

 

Liberdade de expressão, mas sem atacar anunciantes

No comunicado publicado aquando da manifestação da intenção de compra do Twitter,  Elon Musk lançou o mote para  defender a compra do Twitter, a liberdade de expressão.

 

"A liberdade de expressão é a base de uma democracia funcional, e o Twitter é a praça digital da cidade onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos". Há muito que o empresário se tem colocado contra o bloqueio de contas, como foi o caso concreto da irradiação do ex-presidente Donald Trump, na sequência do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio. Na altura, o empresário classificou a decisão como "moralmente má e extremamente insensata".

Ainda assim, esta quinta-feira, Musk alertou no Twitter que quer que a rede social seja "a plataforma de publicidade mais respeitada do mundo", já que tal faz "a empresa crescer."

 

Twitter vai sair da bolsa

O primeiro passo está cumprido. A negociação de ações da rede social foi suspensa esta sexta-feira. Menos de dez anos depois de entrar em bolsa, a companhia passar a ser de completo capital privado. No comunicado publicado esta sexta-feira, Musk defende que a empresa deve abandonar o modelo de capital aberto.  "Desde que investi no Twitter, percebi que a companhia não prosperará nem servirá a este imperativo social da forma como está", refere o documento. O requerimento para a retirada de bolsa do Twitter também já deu entrada na SEC.

 

Despedimentos em cima da mesa

Na semana passada, o The Washington Post avançou que Musk pretendia reduzir de forma drástica o número de funcionários do Twitter, apontando mesmo que os planos do multimilionário passavam por despedir cerca de 75% dos 7.500 funcionários da empresa, esta sexta-feira o plano parece já ter começado em andamento com as saídas dos mais altos cargos.

 

A Associated Press revela que o multimilionário despediu o diretor executivo, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o conselho geral da empresa. Segundo a Bloomberg, o empresário quer tornar-se CEO, acumulando assim este papel ao de diretor-executivo da Tesla e da SpaceX.

 

"Não" aos "bots" e abrir o código

O tema mais controverso na guerra entre o Twitter e Musk foram os "bots", ou seja contas falsas. A equipa jurídica do homem mais rico do mundo chegou a exigir à rede social os nomes dos funcionários responsáveis por calcular a percentagem de "bots". O empresário que ainda abrir o código que serve de base à plataforma. "Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, melhorando o produto com novos recursos e quer passar os algoritmos para código aberto, de forma a aumentar a confiança, derrotando os" bots" de "spam" e autenticando todos os seres humanos."

 

Nova aplicação a caminho?

No início deste mês, Musk explicou que ao comprar a rede social o objetivo era criar uma aplicação abrangente que "faz tudo", desde pagamentos a mensagens, como é o caso do WeChat. "Comprar o Twitter é um acelerador para criar o X, uma aplicação faz  tudo", escreveu Musk

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