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Já deu entrada na SEC confirmação de compra do Twitter. Saiba o que vai mudar
A liberdade de expressão e o combate às contas falsas são as bandeiras de Musk para o novo Twitter. Do outro lado da história estão os despedimentos em massa e a saída de bolsa.
O mundo assistiu esta quinta-feira à entrada de Elon Musk na sede do Twitter carregando um lavatório. Era o primeiro sinal de que estaria fechado o acordo de aquisição da rede social pelo homem mais rico do mundo.
Ao início da tarde de ontem, o homem mais rico do mundo já tinha mudado a sua descrição de perfil no Twitter para "Chief Twit" e alterado a sua localização para São Francisco - onde a empresa está sediada.
Liberdade de expressão, mas sem atacar anunciantes
No comunicado publicado aquando da manifestação da intenção de compra do Twitter, Elon Musk lançou o mote para defender a compra do Twitter, a liberdade de expressão.
"A liberdade de expressão é a base de uma democracia funcional, e o Twitter é a praça digital da cidade onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos". Há muito que o empresário se tem colocado contra o bloqueio de contas, como foi o caso concreto da irradiação do ex-presidente Donald Trump, na sequência do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio. Na altura, o empresário classificou a decisão como "moralmente má e extremamente insensata".
Twitter vai sair da bolsa
O primeiro passo está cumprido. A negociação de ações da rede social foi suspensa esta sexta-feira. Menos de dez anos depois de entrar em bolsa, a companhia passar a ser de completo capital privado. No comunicado publicado esta sexta-feira, Musk defende que a empresa deve abandonar o modelo de capital aberto. "Desde que investi no Twitter, percebi que a companhia não prosperará nem servirá a este imperativo social da forma como está", refere o documento. O requerimento para a retirada de bolsa do Twitter também já deu entrada na SEC.
Despedimentos em cima da mesa
Na semana passada, o The Washington Post avançou que Musk pretendia reduzir de forma drástica o número de funcionários do Twitter, apontando mesmo que os planos do multimilionário passavam por despedir cerca de 75% dos 7.500 funcionários da empresa, esta sexta-feira o plano parece já ter começado em andamento com as saídas dos mais altos cargos.
A Associated Press revela que o multimilionário despediu o diretor executivo, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o conselho geral da empresa. Segundo a Bloomberg, o empresário quer tornar-se CEO, acumulando assim este papel ao de diretor-executivo da Tesla e da SpaceX.
"Não" aos "bots" e abrir o código
O tema mais controverso na guerra entre o Twitter e Musk foram os "bots", ou seja contas falsas. A equipa jurídica do homem mais rico do mundo chegou a exigir à rede social os nomes dos funcionários responsáveis por calcular a percentagem de "bots". O empresário que ainda abrir o código que serve de base à plataforma. "Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, melhorando o produto com novos recursos e quer passar os algoritmos para código aberto, de forma a aumentar a confiança, derrotando os" bots" de "spam" e autenticando todos os seres humanos."
Nova aplicação a caminho?
No início deste mês, Musk explicou que ao comprar a rede social o objetivo era criar uma aplicação abrangente que "faz tudo", desde pagamentos a mensagens, como é o caso do WeChat. "Comprar o Twitter é um acelerador para criar o X, uma aplicação faz tudo", escreveu Musk