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Yupido: Ministério Público estuda "procedimento mais adequado"

O Ministério Público diz que está "a acompanhar a situação" para decidir "o procedimento mais adequado" a adoptar "no âmbito das suas competências" em relação à Yupido.

08 de Setembro de 2017 às 19:05
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O Ministério Público está a acompanhar a situação da Yupido, a empresa que realizou um aumento de capital social para um valor superior a 28 mil milhões de euros, baseado na avaliação de activos intangíveis.

"O Ministério Público encontra-se a acompanhar a situação, com vista a decidir qual o procedimento mais adequado no âmbito das suas competências," disse fonte daquela instituição ao Negócios.

A confirmação do trabalho do Ministério Público em torno da empresa chega um dia depois de também a Polícia Judiciária ter dito ao Expresso que se encontra a "analisar" o caso para averiguar possíveis indícios ou suspeitas que motivem investigação.

As dúvidas em torno da situação da empresa surgiram esta semana depois de conhecido, através de discussão no Twitter, o elevado valor do seu capital social, de 28,76 mil milhões de euros, na sequência de um aumento de capital ocorrido no ano passado e que se veio somar aos 243 milhões de euros de capital inicial quando a empresa foi criada em 2015.

Segundo o Eco, o salto ocorrido nesta rubrica deu-se ao reflexo da avaliação de "activos intangíveis" - nomeadamente, segundo o mesmo meio, uma "plataforma digital inovadora" no sector dos média, alegadamente em desenvolvimento pela empresa e cuja avaliação foi ponderada no reforço do capital.

Uma avaliação também baseada no "algoritmo" usado pela tecnologia em causa e pela qual o revisor oficial de contas, António Alves da Silva, diz assumir a "responsabilidade" e "razoabilidade."

Ao Observador, o ROC disse ter-se lembrado de Steve Jobs, o fundador da Apple, quando tomou contacto com aquela tecnologia, a "televisão". "Não sou nenhum técnico especializado, mas fiquei maravilhado," disse àquele meio online. No relatório de avaliação citado pelo Eco, o ROC dá a entender que a avaliação que faz é conservadora.

A Yupido, sediada nas Torres de Lisboa, é liderada por Hugo Martins e tem três fundadores, também com cargos na companhia: Cláudia Alves, Torcato Jorge e Filipe Besugo, de acordo com informações no site da empresa. São também estes três membros que, segundo o Eco, distribuem o capital da empresa entre si: 69,9%, 29,13% e 0,96% respectivamente.

(Notícia actualizada às 19:22 com mais informação)
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