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Twitter procura financiamento antes de entrar para a NYSE
A rede social que anunciou a intenção de entrar para a bolsa recentemente vai recorrer a uma linha de financiamento para ganhar flexibilidade financeira antes da oferta pública inicial (IPO) que vai levar a empresa a cotar na New York Stock Exchange.
O Twitter está em negociações para abrir uma linha de financiamento antes da oferta pública inicial (IPO), que deverá ter lugar ainda este ano, com o objectivo de aumentar a flexibilidade financeira antes da dispersão de capital em bolsa.
A imprensa internacional está a avançar que a empresa fundada por Jack Dorsey decidiu, ou está inclinada a decidir, cotar na New York Stock Exchange (NYSE). A alternativa é a colocação no Nasdaq, onde o Facebook viu o dia da sua estreia marcado por uma falha na negociação.
A empresa com sede em São Francisco pretende abrir uma linha de financiamento a que pode recorrer na medida das suas necessidades, sendo que o limite de crédito poderá ascender a entre 500 e mil milhões de dólares (370 a 740 milhões de euros), segundo a notícia avançada pelo “New York Post” (NYP).
A empresa terá acesso a uma linha de financiamento (“revolving credit line”) a que poderá recorrer se tiver necessidades de capital, seja para financiar despesas correntes, investimento orgânico ou aquisições, sem alterar a sua estrutura de capital.
O “Financial Times” (FT) avança a mesma notícia e cita a publicação norte-americana, mas refere que enquanto uma das suas duas fontes confirmou o intervalo de preços adiantado pela NYP, outra garantiu que o montante da linha de crédito ainda não foi determinado.
A decisão do Twitter segue a política de outras tecnológicas que contraíram financiamento antes dos seus IPO, tais como o Facebook e a Zynga. O IPO previsto facilita o acesso a crédito, alavancando a relação próxima com bancos de investimento e a perspectiva de um encaixe com a venda de acções.
Por outro lado, a disponibilidade de financiamento cobre o risco de a empresa ver o seu custo de financiamento aumentar em função de uma má estreia na bolsa ou de um adiamento da oferta pública de venda, explicam o “New York Post” e o FT.
O site que permite publicações com uma dimensão inferior ou igual a 140 caracteres anunciou, no dia 12 de Setembro, que fez um pedido para entrar para a bolsa ao abrigo do “JOBS Act” (“Jumpstart your Business Startups”). Este é um regime que permite às empresas com receitas anuais inferiores a mil milhões de dólares entrarem para a bolsa sem cumprirem requisitos de informação ao mercado tão exigentes como os de outras empresas.