A rede social Twitter está a proceder a mudanças que podem deixar alguns utilizadores descontentes.

A ideia é que na "timeline" surja em primeiro lugar os "tweets" mais populares em vez das publicações mais recentes, um passo que pode não agradar quem utiliza a rede frequentemente, de acordo com a Bloomberg.

Apesar da vontade dos utilizadores assíduos em ficarem com o formato antigo, há muito que o Twitter sabia que este modelo torna díficil a utilização por visitantes mais recentes e pouco frequentes já que, devido à quantidade de "tweets" que passam, estes utilizadores podem ser afastados das notícias mais importantes.

As alterações agora anunciadas ocorrem depois de meses de testes que mostram que as pessoas interagem mais se os melhores "tweets" forem os que lhes são apresentados, revela a empresa, citada pela Bloomberg. "Notamos que as pessoas que já usaram esta nova funcionalidade têm tendência a 'retweet' [partilhar o tweet de alguém] ou fazem mais ‘tweet’, o que é bom para todos nós", considera a empresa.

Além disso, esta mudança está a ser encarada como a última medida do CEO do Twitter, Jack Dorsey (na foto), para reformar a rede social e tentar que o número de utilizadores cresça. A Bloomberg escreve ainda que esta decisão contém alguns riscos e que poderá enfrentar alguma resistência por parte dos utilizadores. Até porque quando as notícias que apontavam para o lançamento de nova "timeline" sugiram, muitos utilizadores protestaram tanto que #RIPTwitter foi o tópico mais visto no passado fim-de-semana.

Jack Dorsey tentou acalmar os ânimos dos clientes, assinalando que "nunca planearam reordenar a ‘timeline’". Os "tweets" mais populares vão continuar a surgir por ordem cronológica mas não serão todos. Quando os "tweets" mais recentes forem vistos, o Twitter passa a apresentar a cronologia inversa.

Os "tweets" mais populares vão ser seleccionados com base no histórico de actividades. Vai existir a opção de manter a configuração antiga.

No final de Janeiro foi conhecido que quatro elementos de topo iam abandonar a empresa. Kevin Weil, responsável pela área de produto, Alex Roetter, que está à frente da área de engenharia, Katia Jacobs Stanton, da área de parcerias com media, e Brian Schipper, dos recursos humanos foram as quatro personalidades que abandonaram a rede social. Estas saídas tiveram lugar numa altura em que a empresa enfrenta o desafio de encontrar formas de reverter a desaceleração no crescimento de novos internautas.