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Twitter regista maior queda em bolsa em nove meses

A desilusão com a base de utilizadores mensais, que estagnou em vez de crescer, volta a levantar dúvidas sobre o potencial de expansão da rede social. Os títulos chegaram a cair mais de 14%.

Bloomberg
27 de Julho de 2017 às 14:59
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As acções do Twitter na bolsa de Nova Iorque já estiveram a cair mais de 14% na sessão desta quinta-feira, 27 de Julho, depois de o número de utilizadores mensais da rede social ter estagnado no segundo trimestre contra aquilo que era esperado pelos analistas.

Os papéis da empresa dona da rede social caem 13,05% para 17,05 dólares, mas chegaram a perder 14,07% para 16,85 dólares, no pior registo desde 10 de Outubro, sessão em que chegou a recuar 14,71%, de acordo com a Bloomberg. É o valor mais baixo registado pela acção no espaço de um mês.

Esta é a reacção dos investidores aos números divulgados antes da abertura do mercado, que dão conta que entre os dois primeiros trimestres do ano o número de utilizadores mensais activos ficou em 328 milhões, em sentido contrário às estimativas de analistas reunidas pela FactSet e citadas pela Reuters apontavam para um crescimento ligeiro para 328,8 milhões. 

Já a taxa de crescimento de utilizadores activos diariamente na rede aumentou a um ritmo menor do que no trimestre anterior - 12% face aos 14% de variação homóloga registados no primeiro trimestre.

"É uma plataforma de nicho. (...) Sempre foi e sempre continuará a ser," considera o analista Brian Wieser, da Pivotal Reasearch, em declarações à Bloomberg, evidenciando as dúvidas sobre o potencial de crescimento da rede.

A empresa terminou este período com prejuízos de 116 milhões de dólares, acima dos 107 milhões registados no período homólogo de 2016 e dos 61,56 milhões negativos do primeiro trimestre, penalizadas pelo registo de uma imparidade de 55 milhões de dólares.

As receitas caíram 5% para 574 milhões de dólares, ainda assim acima dos 537 milhões esperados pelos analistas. As receitas de publicidade caíram 8% em termos homólogos - sinalizando a dificuldade de converter em receitas a frequência da rede pelos utilizadores -, para 489 milhões de dólares. O Twitter realça, ainda assim, que os fundamentais subjacentes do negócio melhoraram no trimestre.
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