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TikTok contrata empresa europeia para auditar tráfego de dados
A empresa chinesa tem vindo a adotar medidas para acalmar as preocupações da UE sobre a sua política de proteção de dados. Ao acordo com a empresa de segurança informática NCC junta-se ainda o desenvolvimento de três centros de dados que vão operar no bloco.
O TikTok contratou a NCC Group, uma empresa de segurança europeia com vários escritórios espalhados pelo bloco europeu, incluindo Portugal, para que esta audite "de forma independente os controlos e proteções de dados", informou a tecnológica chinesa em comunicado.
A NCC Group será ainda responsável por monitorizar os fluxos dados da plataforma de vídeos curtos e comunicar quaisquer incidentes.
Assim, entre as várias tarefas que terá em mãos, a empresa de segurança informática deverá, nos termos desta parceria, por exemplo, monitorizar "o tráfego de dados que entra e sai do ambiente de dados seguro europeu para validar de forma independente que apenas tipos limitados de dados aprovados estão acessíveis a funcionários autorizados".
Além disso, o "grupo NCC realizará avaliações de segurança contínuas dos novos interfaces, da aplicação, dos centros de dados do TikTok e de outras infraestruturas empresariais, validando os tipos de dados recolhidos dos utilizadores da plataforma", acrescenta o comunicado.
Este esforço, que tem em vista acalmar as preocupações da União Europeia sobre o regime de proteção de dados da plataforma, junta-se a outras medidas, das quais se destaca a construção de novos centros de dados na Europa.
O primeiro centro de dados em Dublin, na Irlanda, está agora operacional e a migração dos dados dos utilizadores europeus para este centro já começou. Os dois outros centros de dados do TikTok ficarão localizados na Noruega e, uma vez mais, na Irlanda e estão em processo de construção.
Recorde-se que em fevereiro a Comissão Europeia baniu a aplicação chinesa dos telemóveis de serviço, com o "objetivo de proteger a Comissão contra ameaças de cibersegurança e ações que possam ser exploradas por ciberataques contra a organização", afirmou na altura Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno.