A Sony anunciou esta quinta-feira, 6 de Fevereiro, que irá cortar cerca de 5.000 postos de trabalho até o fim do ano fiscal de 2014, que termina em Março no Japão. 

Do total de despedimentos previstos, 1.500 funcionários estão localizados no Japão e 3.500 no exterior.

A agressividade da concorrência, nomeadamente no segmento dos “smartphones” e dos tablet PC, obrigou a empresa a rever as suas previsões para o próximo ano fiscal.

A Sony antecipou perdas de 110 mil milhões de ienes (729 milhões de euros), um valor que compara com a estimativa anterior de um lucro de 30 mil milhões de ienes (218 milhões de euros).

Pressionada pelo accionista, a Sony está a avançar com um conjunto de iniciativas de corte de custos. Nessa medida, a fabricante anunciou que irá negociar a unidade que fabrica os computadores pessoais Vaio com a Japan Industrial Partners. O acordo definitivo deve ser concluído até o fim de Março, como divulgou a empresa.

“A Sony espera que essas medidas resultem em reduções do custo anual fixo que possam atingir mais de 100 mil milhões de ienes, a começar no ano fiscal de 2015", afirmou a fabricante japonesa no mesmo comunicado. A empresa vai gastar mais de 20 mil milhões de ienes (145 milhões de euros) para reestruturar as despesas no ano fiscal de 2013 e mais 70 mil milhões de ienes (510 milhões de euros) para reestruturar as despesas no ano fiscal de 2014.

A venda do Vaio é uma mudança de estratégia da fabricante. A Sony entrou no mercado de PC em 1996 e, desde então, vendeu nove milhões unidades de computadores nos seus melhores anos, como noticia a imprensa internacional. Em 2013 esses números caíram para 5,8 milhões de unidades, detalhou o jornal Nikkei.

A Sony está em nono lugar entre os maiores fabricantes de PC do mundo, com participação de mercado de apenas 1,9% no primeiro trimestre de 2013, de acordo com a consultora de tecnologias IDC.

Apesar destas projecções negativas, a Sony anunciou um lucro líquido de 27 mil milhões de ienes (196 milhões de euros) no terceiro trimestre do ano fiscal, referente ao período de Outubro a Dezembro do ano passado. No mesmo período de 2012, a empresa havia registado prejuízo de 10,8 mil milhões de ienes (787 milhões de euros).