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Sony corta previsões de lucros
A companhia de tecnologia reviu em baixa as previsões de lucros anuais após a imparidade registada com a venda da unidade de baterias.
A Sony cortou em 10% as suas previsões de lucros, após a venda da unidade de baterias à Murata Manufacturing. A transacção insere-se numa estratégia que passa pelo foco nas unidades mais lucrativas da companhia de tecnologia.
De acordo com a Bloomberg, a empresa tecnológica prevê um lucro operacional de 270 mil milhões de ienes (22,59 milhões de euros) até ao final do ano fiscal, que termina em Março. O resultado fica abaixo dos previstos 300 mil milhões de ienes. Os números ficam também abaixa das estimativas dos analistas que apontavam para um lucro médio de 307,5 mil milhões de ienes.
Quanto ao resultado líquido, a companhia cortou as previsões em 25% para os 60 mil milhões de ienes. Já no que respeita às vendas, a Sony mantém as previsões de 7,4 biliões de ienes.
Na bolsa de Tóquio, as acções da Sony sobem 1,39% para os 29,064 euros, no mercado alemão.
A Sony anunciou em Julho a venda da unidade de baterias, tendo alertado para o facto de a operação ter sido feita com impacto negativo nos resultados. A tecnológica japonesa vendeu assim a unidade à Murata Manufacturing por cerca de 17,5 mil milhões de ienes, transferindo 8.500 trabalhadores.
A transacção, reporta a mesma fonte, resultou na contabilização de uma imparidade de 33 mil milhões de ienes, um valor que ainda assim foi inferior ao esperado pelos analistas do Credit Suisse, que previam imparidades na ordem dos 40 mil milhões de ienes.
A perda de 8.500 trabalhadores traduz-se numa redução de 6,8% da mão-de-obra da companhia tecnológica.
Kazuo Hirai, director executivo da Sony, pretende concentrar o seu negócio apenas nos sectores mais lucrativos. A empresa focou-se no lançamento de videojogos, após os terramotos de Abril no Japão, que prejudicaram a produção de módulos de câmaras.