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SonaeCom admite fusão de activos por posição na TV Cabo

A SonaeCom admite dispor da totalidade dos seus activos para agregar a actividade da TV Cabo, num cenário de separação accionista da rede do Grupo PT, de forma a aumentar a concorrência no sector, afirmou Paulo Azevedo, presidente da SonaeCom.

05 de Maio de 2003 às 15:24
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A SonaeCom admite dispor da totalidade dos seus activos para agregar a actividade da TV Cabo, num cenário de separação accionista da rede do grupo Portugal Telecom, de forma a aumentar a concorrência no sector, afirmou Paulo Azevedo, presidente da SonaeCom.

A SonaeCom [SNC] reitera a necessidade do grupo Portugal Telecom desinvestir na TV Cabo para melhorar a concorrência nas telecomunicações, sobretudo, no fornecimento de acesso à Internet em banda larga. A SonaeCom detém uma quota de 10% na banda larga e 27%, através do Clix, no fornecimento de acesso à Internet de banda estreita.

Na banda larga, a SonaeCom sempre viu com dificuldades o reforço de quota, visto que a PT é dona da rede de telefonia fixa e ao mesmo tempo da rede de cabo que são os dois meios para fornecer Internet de banda larga.

Neste âmbito, Paulo Azevedo reforçou que o regulador deveria impor a dispersão de capital da TV Cabo em Bolsa. Esta medida, colocaria Portugal entre os lugares cimeiros na Europa em termos de preços para o consumidor final.

Para Paulo Azevedo, a iniciativa mais acertada seria a de «entregar a TV Cabo aos seus accionistas», cotá-la em Bolsa, ficando, desta forma, disponível a ofertas de grupos interessados no seu capital.

«Somos candidatos» à aquisição de parte ou da totalidade do capital da TV Cabo, realçou o presidente da SonaeCom.

A SonaeCom coloca a hipótese, para vir a agregar os activos da TV Cabo, em disponibilizar a totalidade dos seus activos e proceder a uma fusão, no caso deste cenário ser implementado pelo regulador das telecomunicações.

«Admitimos todas as propostas, até a de nos fundirmos», disse a mesma fonte.

SonaeCom está disposta a fundir «100% dos seus activos» para garantir a TV Cabo. Neste cenário, os accionistas da PT e da PT Multimédia seriam accionistas da SonaeCom.

SonaeCom quer modelo definido até ao final do ano

Apesar de considerar urgente decidir sobre esta matéria, num momento em que o Governo e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) admitem a separação accionista da rede de cabo da PT Multimédia, Paulo Azevedo assegura que o «cabo não é prioritário para a SonaeCom».

«Temos uma estratégia sem cabo». Esta decisão era importante para manter em mãos portuguesas este segmento. E também contribuiria para o aumento de liquidez do mercado de capitais, acrescentou a mesma fonte.

No cenário proposto por Paulo Azevedo, haveria duas equipas de gestão diferente na PT e na TV Cabo, o que levaria, ao aumento da concorrência.

Com este modelo, os accionistas da TV Cabo não seriam prejudicados, assegurou Paulo Azevedo.

Esta iniciativa poderia ser encetada, depois de desencadeado uma queixa na Comissão Europeia por abuso de posição dominante, explicou Lobo Xavier, jurista e administrador da SonaeCom.

Mas a SonaeCom espera que o novo quadro regulatório dê os instrumentos necessários para o regulador desenvolver aquela medida.

«Este processo é lento», frisou Paulo Azevedo, que destaca que seria benéfico definir as regras, nesta matéria, até ao final do ano.

Além da separação accionista, o Governo admite impor o acesso à rede ou facilitar a criação de redes de cabo alternativas.

As acções da SonaeCom cotavam nos 1,92 euros a subir 4,92%.

Por Bárbara Leite

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