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Salário do CEO do Twitter foi de 1,40 dólares no ano passado

O Twitter anunciou esta segunda-feira quanto pagou de salário ao seu CEO em 2018. Jack Dorsey recebeu 1,40 dólares.

EPA
08 de Abril de 2019 às 22:37
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Tem 42 anos, gosta de tatuagens e de ler livros de ficção científica. Quis ser marinheiro, alfaiate e pintor surrealista. Acabou por se virar para as tecnologias e é hoje o presidente da rede social Twitter e da empresa de pagamentos por telemóvel Square. E em 2018 recebeu, enquanto CEO da rede de micromensagens, 1,40 dólares (1,24 euros) de salário.

 

O anúncio foi feito hoje pelo Twitter, em comunicado ao regulador do mercado de capitais. A rede social indica que Dorsey recusou quaisquer compensações e benefícios além deste salário de 1,40 dólares.

 

Já em 2015, 2016 e 2017 o CEO do Twitter tinha rejeitado receber quaisquer bónus.

 

Quem é Jack Dorsey?

 

Nascido em St. Louis, a 19 de Novembro de 1976, vive actualmente em São Francisco. Co-fundou o Twitter e é também o fundador e CEO da Square.

É conhecido pelo seu estilo irreverente. A sua imagem de marca, com poucas variações, é a argola no nariz e a barba grande e volumosa, ao estilo de Rasputin e ainda muito na moda, bem como as calças de ganga e as t-shirts.

Gosta de ler obras de ficção científica e um dos seus autores favoritos é William Gibson. "O futuro já chegou. Só ainda não foi equilibradamente distribuído" – Dorsey faz desta frase de Gibson o seu lema. "Lembrem-se desta citação. A vossa função é criar e distribuir o futuro de forma equilibrada", disse um dia perante uma audiência de alunos em Washington.

Jack Dorsey gosta também muito de Ernest Hemingway e lê "O velho e o mar" pelo menos uma vez por ano.

A primeira memória vívida da televisão remonta a 1983, com Michael Jackson a cantar "Billie Jean". É canhoto e a sua bebida preferida é tequilha.

Vai para o trabalho a pé ou de autocarro, tanto por razões ecológicas como profissionais – é que assim pode espreitar o que fazem os restantes passageiros nos seus telemóveis, observando as aplicações que usam… e como, relata a Vanity Fair.

Tem raízes italianas, do lado da mãe, e uma das suas palavras favoritas é "Porquê?". O pai, Tim Dorsey, trabalhava numa fabricante de espectrómetros de massa, o que desde cedo o mergulhou no mundo da inovação.

"É uma das histórias com origens mais encantadoras no sector das tecnologias: este rapaz de St. Louis teve uma infância feliz, mergulhado em mapas, linhas ferroviárias e sistemas de comunicação entre táxis, correios e viaturas de emergência. Aos 20 anos, começou a desenvolver software para uma empresa de expedição de encomendas em Nova Iorque. Aos 23 criou uma aplicação que lhe permitia enviar, a partir do telemóvel, curtas mensagens de texto mostrando por onde andava e as actividades do momento. Seis anos mais tarde, em 2006, na época a trabalhar numa empresa de software em São Francisco, reformulou a sua ideia, refinou-a e transformou-a em algo chamado… Twitter", conta a Vanity Fair.

Desde cedo se interessou por computadores e comunicações e ainda jovem aventurou-se na programação. Estudava na secundária Bishop duBourg e já se sentia fascinado pelo desafio tecnológico de coordenar as mensagens entre táxis, carrinhas de entregas de encomendas e outras frotas de veículos que precisavam de estar em constante comunicação, em tempo real, pelo que aos 15 anos criou o software de apoio ao reencaminhamento de mensagens que é ainda hoje usado por algumas empresas de táxis, refere a Biography.com.

Foi através desse sistema que testemunhou milhares de trabalhadores, no terreno, a actualizarem constantemente o que faziam e onde estavam. O Twitter é uma simplificação desse sistema, concebido para uso generalizado e alargado a milhões de pessoas.

Antes do Twitter, e por entre as suas actividades já ligadas às tecnologias, Dorsey foi ainda massagista terapeuta e o seu método preferido era a terapia crânio-sacral.

A sua tatuagem, no braço esquerdo, representa – entre outras coisas, como diz a Biography.com –, o osso da clavícula. Ainda não há muito tempo, insistia à CNN Money que continuava a ser um punk. Mas o tempo do cabelo azul, por agora, já passou.

 

 

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